Lendas e contos

Nesta sessão, colocaremos diversas lendas, contos e estórias que nos fazem refletir e descobrir novos caminhos para nossas vidas. Leiam e sintam a profundidade das lições…

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Oásis

Conta uma popular lenda do Oriente que um jovem chegou à beira de um oásis junto a um povoado e, aproximando-se de um velho, perguntou-lhe:
– Que tipo de pessoa vive neste lugar ?
– Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem ? – perguntou por sua vez o ancião.
– Oh, um grupo de egoístas e malvados – replicou o rapaz – estou satisfeito de haver saído de lá.
– A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui –replicou o velho.
No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião perguntou-lhe:
– Que tipo de pessoa vive por aqui?
O velho respondeu com a mesma pergunta: – Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem?
O rapaz respondeu: – Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por ter de deixá-las.
– O mesmo encontrará por aqui – respondeu o ancião.
Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho:
– Como é possível dar respostas tão diferente à mesma pergunta?
Ao que o velho respondeu :
– Cada um carrega no seu coração o  ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui, porque, na verdade, a nossa atitude mental é a única coisa na nossa vida sobre a qual podemos manter controle absoluto.


As estações (autor desconhecido)

Um homem tinha quatro filhos. Ele queria que seus filhos
aprendessem a não julgar as coisas de modo apressado, por isso, ele mandou cada um viajar para observar uma pereira que estava plantada em um distante local.

O primeiro filho foi lá no Inverno, o segundo na Primavera, o terceiro no Verão e o quarto e mais jovem, no Outono.

Quando todos eles retornaram, ele os reuniu e pediu que cada um descrevesse o que tinham visto.

O primeiro filho disse que a árvore era feia, torta e retorcida.

O segundo filho disse que ela era recoberta de botões verdes e cheia de promessas.

O terceiro filho discordou. Disse que ela estava coberta de flores, que tinham um cheiro tão doce e eram tão bonitas, que ele arriscaria dizer que eram a coisa mais graciosa que ele tinha visto.

O último filho discordou de todos eles; ele disse que a árvore estava carregada e arqueada, cheia de frutas, vida e promessas…

O homem, então, explicou a seus filhos que todos eles estavam certos, porque eles haviam visto apenas uma estação da vida da árvore…

Ele falou que não se pode julgar uma árvore, ou uma pessoa, por apenas uma estação, e que a essência de quem eles são e o prazer, a alegria e o amor que vêm daquela vida, podem apenas ser medidos ao final, quando todas as estações estiverem completas.

Se você desistir quando for Inverno, você perderá a promessa da Primavera, a beleza do Verão, a expectativa do Outono.

Não permita que a dor de uma estação destrua a alegria de todas as outras. Não julgue a vida apenas por uma estação difícil.


A carroça

Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me para dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer.

Após algum tempo, ele se deteve numa clareira e, depois de um pequeno silêncio, me perguntou:

– Além do canto dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?

Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:

– Estou ouvindo um barulho de carroça.

– Isso mesmo – disse meu pai – e é uma carroça vazia!

Perguntei a ele:

– Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?

– Ora – respondeu meu pai – é muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz.

Tornei-me adulto e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com grosseria inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo e querendo demonstrar ser o dono da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:

– Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz!


Maneiras de amar (Osho)

O rio passa ao lado de uma árvore, cumprimenta-a, alimenta-a, dá-lhe água… e vai em frente, dançando. Ele não se prende à árvore.

A árvore deixa cair suas flores sobre o rio em profunda gratidão, e o rio segue em frente.

O vento chega, dança ao redor da árvore e segue em frente. E a árvore empresta o seu perfume ao vento…

Se a humanidade crescesse, amadurecesse, essa seria a maneira de amar.


Uma lição

Um famoso palestrante começou um seminário segurando uma nota de 20 dólares.
Numa sala, com 200 pessoas, ele perguntou:
– Quem quer esta nota de 20 dólares?”
Mãos começaram a se erguer. Ele disse:
– Eu darei esta nota a um de vocês, mas, primeiro, deixem-me fazer isto!
Então ele amassou a nota. E perguntou, outra vez:
– Quem ainda quer esta nota?
As mãos continuaram erguidas.
– Bom – ele disse – e se eu fizer isto?
E ele deixou a nota cair no chão e começou a pisá-la e esfregá-la. Depois pegou a nota, agora imunda e amassada, e perguntou:
– E agora? Quem ainda quer esta nota?
Todas as mãos permaneceram erguidas.
– Meus amigos, vocês todos devem aprender esta lição: Não importa o que eu faça com o dinheiro, vocês ainda irão querer esta cédula, porque ela não perde o valor. Ela ainda valerá 20 dólares.
Essa situação também se dá conosco. Muitas vezes, em nossas vidas, somos amassados, pisoteados e ficamos sujos, por decisões que tomamos e/ou pelas circunstâncias que vêm em nossos caminhos. E assim, ficamos nos sentindo desvalorizados, sem importância. Porém, creiam, não importa o que aconteceu ou o que acontecerá, jamais perderemos o nosso valor ante o Universo. Quer estejamos sujos, quer estejamos limpos, quer amassados ou inteiros, nada disso altera a importância que temos. A nossa valia. O preço de nossas vidas não é pelo que fazemos ou sabemos, mas pelo que SOMOS! Somos especiais….
VOCÊ é especial. Muito especial…. Jamais se esqueça disso!


Lições Importantes que a Vida Ensina…

Durante meu segundo mês na escola de enfermagem, nosso professor nos deu um questionário. Eu era bom aluno e respondi rápido todas as questões até chegar a última que era: “Qual o primeiro nome da mulher que faz a limpeza da escola?”
“Sinceramente, isso parecia uma piada”. Eu já tinha visto a tal mulher várias vezes. Ela era alta, cabelo escuro, lá pelos seus 50 anos, mas como eu ia saber o primeiro nome dela? Eu entreguei meu teste deixando essa questão em branco e um pouco antes da aula terminar, um aluno perguntou se a última pergunta do teste ia contar na nota.
– “É claro!” – respondeu o professor – “Na sua carreira, você encontrará muitas pessoas. Todas têm seu grau de importância. Elas merecem sua atenção mesmo que seja com um simples sorriso ou um simples ‘alô “.
Eu nunca mais esqueci essa lição e também acabei aprendendo que o primeiro nome dela era Dorothy.


A magia da comunicação

“Havia um cego que pedia esmola à entrada do Viaduto do Chá, em São Paulo. Todos os dias passava por ele, de manhã e à noite, um publicitário que deixava sempre alguns centavos no chapéu do pedinte. O cego trazia pendurado no pescoço um cartaz com a frase:
”Cego de nascimento. Uma esmola, por favor”.
Certa manhã, o publicitário teve uma idéia: virou o letreiro do cego ao contrário e escreveu outra frase. À noite, depois de um dia de trabalho, perguntou ao cego como é que tinha sido seu dia. O cego respondeu, muito contente:
– Até parece mentira, mas hoje foi um dia extraordinário! Todos que passavam por mim, deixavam alguma coisa. Afinal, o que é que o senhor escreveu no letreiro?
O publicitário havia escrito uma frase breve, mas com sentido e carga emotiva suficientes para convencer os que passavam a deixarem algo para o cego. A frase era:
“Em breve chegará a primavera e eu não poderei vê-la”.
Na maioria das vezes não importa O QUE você diz, mas COMO você diz.


Aprendendo com os erros

O mestre, conduz seu aprendiz pela floresta. Embora mais velho, caminha com igualdade, enquanto seu aprendiz escorrega e cai a todo instante.
O aprendiz blasfema, levanta-se e cospe no chão traiçoeiro e continua a acompanhar seu mestre.
Depois de longa caminhada, chegaram a um lugar sagrado. Sem parar, o mestre dá meia volta e começa a viagem de volta.
-Você não me ensinou nada hoje- diz o aprendiz, levando mais um tombo.
-Ensinei sim, mas você parece que não aprende – respondeu o mestre – estou tentando te ensinar como se lida com os erros da vida.
-E como lidar com eles?
– Como deveria lidar com seus tombos- respondeu o mestre- Em vez de ficar amaldiçoando o lugar onde caiu, devia procurar aquilo que o fez escorregar.


A história das moscas

Parte 1

Contam que, certa vez, duas moscas caíram num copo de leite. A primeira era forte e valente, assim logo ao cair, nadou até a borda do copo, mas como a superfície era muito lisa e ela tinha suas asas molhadas, não conseguiu sair. Acreditando que não havia saída, a mosca desanimou, parou de nadar e de se debater, e afundou…

Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte, era tenaz e, por isso, continuou a se debater, a se debater por tanto tempo que, aos poucos, o leite ao redor, com toda aquela agitação, foi se transformando e formou um pequeno nódulo de manteiga, onde a mosca tenaz conseguiu, com muito esforço, subir e dali levantar vôo para algum lugar seguro.

Durante anos, ouvimos esta primeira parte da história como um elogio à persistência que, sem dúvida, é uma habilidade que nos leva ao sucesso.

Parte 2

Tempos depois a mosca tenaz, por descuido ou acidente caiu no copo. Começou a se debater, na esperança de que no devido tempo, se salvaria. Outra mosca passando por ali e vendo a aflição da companheira de espécie, pousou na beira do copo e gritou:

– Tem um canudo ali, nade até lá e suba pelo canudo!
A mosca tenaz não lhe deu ouvidos, baseando-se na sua experiência anterior de sucesso, e continuou a se debater, até que, exausta afundou no copo cheio de água.

“Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de notar as mudanças no ambiente e ficamos nos esforçando para alcançar os resultados esperados até que afundamos na nossa própria falta de visão.”


O Quadro

Um homem havia pintado um lindo quadro…
No dia de apresentá-lo ao publico, convidou todo mundo para vê-lo…
Compareceram as autoridades do local, fotógrafos, jornalistas, enfim, uma multidão.
Afinal, o pintor além de um grande artista, era também muito famoso.
Chegado o momento, tirou-se o pano que velava o quadro.
Houve caloroso aplauso…
Era uma impressionante figura de Jesus batendo suavemente à porta de uma casa…
O Cristo parecia vivo.
Com ouvido junto à porta, ele parecia querer ouvir se lá dentro alguém respondia.
Houve discurso e elogios.
Todos admiravam aquela obra de arte.
Porém, um curioso observador, achou uma falha no quadro…
A porta não tinha fechadura.
E intrigado, foi perguntar ao artista…
– Sua porta não tem fechadura!
– Como se fará para abri-la?
– É assim mesmo. Respondeu-lhe o artista.
– Esta é a porta do coração humano… Só se abre pelo lado de dentro.


O Náufrago

Após um naufrágio, o único sobrevivente agradeceu a Deus por estar vivo. E este único sobrevivente foi parar numa ilha deserta e fora de qualquer rota de navegação. E ele agradeceu novamente. Com muita dificuldade e os restos dos destroços, ele conseguiu montar um pequeno abrigo para que pudesse se proteger do sol, da chuva e de animais.
O tempo foi passando e a cada alimento que conseguia, ele agradecia. Um dia, voltando depois de caçar e pescar viu que seu abrigo estava em chamas, envolto em altas nuvens de fumaça. Desesperado, ele se revoltou e gritava chorando: “O pior aconteceu! Perdi tudo. Deus por que fez isso comigo?” Chorou tanto que adormeceu profundamente, cansado.
No dia seguinte, bem cedo, foi despertado por um navio que se aproximava. “Viemos resgatá-lo”, disseram. “Como souberam que eu estava aqui?”, perguntou. “Nós vimos o seu sinal de fumaça”, responderam eles.


Ajuda

Um menino pequeno estava se esforçando para mover um pesado armário, mas o móvel não cedia. Ele empurrava e puxava com toda sua força, mas não conseguia movê-lo nenhum centímetro. O pai, que ali chegava, parou para observar os esforços vãos do filho. Finalmente perguntou:
“Filho, está usando toda a sua força?”
“Sim, estou!” gritou o garoto, exasperado.
“Não”, disse calmamente o pai, “você não está. Não me pediu para ajudá-lo.”


Os navios e a vida

Certa vez, um homem sábio foi às docas para observar os navios entrarem e saírem do porto. Percebeu que, quando um navio saía para o alto mar, todas as pessoas no cais festejavam e desejavam boa viagem. Enquanto isso, um outro navio entrou no porto e atracou. De maneira geral, foi ignorado pela multidão.

O sábio dirigiu-se às pessoas, dizendo: “Você estão olhando as coisas ao contrário! Quando um navio parte, não se sabe o que virá pela frente, ou qual será o seu fim. Portanto, na verdade não há motivo para celebrar. Porém quando um navio entra no porto e chega ao lar em segurança, este é um motivo para fazê-los sentir alegria.”

A vida é aquela viagem e nós somos o navio. Quando nasce uma criança, festejamos. Quando uma alma volta para casa, pranteamos. Porém se víssemos a vida na terra da mesma maneira que o sábio via o navio, talvez pudéssemos dizer: “O navio terminou sua jornada, enfrentou as tempestades da vida, e finalmente entrou no porto. E agora está seguro em casa…


Ter e Ser

Um pai, em uma situação muito confortável de vida, resolveu dar uma lição a seu filho ensinando o que é ser pobre. Ficaria hospedado por alguns dias na casa de uma família de camponeses. O menino passou três dias e três noites vivendo no campo.
No carro, voltando para a cidade, o pai lhe perguntou: “Como foi sua experiência?” “Boa.” respondeu o filho, com o olhar perdido à distância.
“E o que você aprendeu?”, insistiu o pai.
O filho respondeu:
“Que nós temos um cachorro e eles têm quatro. Que nós temos uma piscina com água tratada, que chega até metade do nosso quintal. Eles têm um rio sem fim, de água cristalina, onde têm peixinhos e outras belezas. Que importamos lustres do Oriente para iluminar nosso jardim , enquanto eles têm as estrelas e a lua para iluminá-los. Nosso quintal chega até o muro.
O deles chega até o horizonte. Compramos nossa comida e esquentamos em microondas, eles cozinham em fogão à lenha. Ouvimos CD’s, Mp3, eles ouvem a sinfonia de pássaros, sapos, grilos, tudo isso às vezes acompanhado pelo sonoro canto de um vizinho trabalhando sua terra. Para nos protegermos vivemos rodeados por um muro, com alarmes… Eles vivem com suas portas abertas, protegidos pela amizade de seus vizinhos. Vivemos conectados ao celular, ao computador, sempre plugados, neuroticamente atualizados. Eles estão “conectados” à vida, ao céu, ao sol, à água, ao campo, animais, às suas sombras, à sua família.”

O pai ficou impressionado com a profundidade de seu filho e então o filho terminou: “Obrigado, pai, por ter me ensinado o quanto somos pobres! “
Nós temos olhos para enxergar, ouvidos para escutar, mas falta a humildade em nossa mente e coração para poder sentir.


Como mudar o mundo

Era uma vez, um cientista que vivia preocupado com os problemas do mundo e decidido a encontrar meios de melhorá-los. Passava dias e dias no seu laboratório à procura de respostas.

Um dia, o seu filho de sete anos invadiu o seu santuário querendo ajudar o pai. Claro que o cientista não queria ser interrompido e, por isso, tentou que o filho fosse brincar em vez de ficar ali, atrapalhando-o. Mas, como o menino era persistente, o pai teve de arranjar uma maneira de entretê-lo no laboratório. Foi, então, que reparou num mapa do mundo que estava na página de uma revista. Lembrou-se de cortar o mapa em vários pedaços e depois apresentou o desafio ao filho:

– Filho, você vai me ajudar a consertar o mundo! Aqui está o mundo todo partido. E você vai arrumá-lo para que ele fique bem outra vez! Quando você terminar, me chame, ok?

O cientista estava convencido que a criança levaria dias para resolver o quebra-cabeças que ele tinha construído. Mas surpreendentemente, poucas horas depois, o filho já chamava por ele:

– Pai, pai, já fiz tudo. Consegui consertar o mundo!

O pai não queria acreditar, achava que era impossível um miúdo daquela idade ter conseguido montar o quebra-cabeças de uma imagem que ele nunca tinha visto antes. Por isso, apenas levantou os olhos dos seus cálculos para ver o trabalho do filho que, pensava ele, não era mais do que um disparate digno de uma criança daquela idade. Porém, quando viu o mapa completamente montado, sem nenhum erro, perguntou ao filho como é que ele tinha conseguido sem nunca ter visto um mapa do mundo anteriormente.

– Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que, do outro lado da página, havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para eu consertar, eu tentei mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem; virei os pedaços de papel ao contrário e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que tinha consertado o mundo.


História de uma Gota de Chuva

Uma gota de chuva caiu de uma nuvem de primavera e, vendo a grande extensão do mar, sentiu vergonha. “Onde está o mar e onde estou eu?”, refletiu. “Comparada com ele, na verdade, eu não existo”.

Enquanto se julgava assim, com desdém, uma ostra a tomou em seu regaço e o Destino lhe deu forma em sua trajetória, de maneira que uma gota de chuva se converteu, finalmente, em uma famosa pérola real.

Foi exaltada porque foi humilde. Chamando à porta da extinção, tornou-se existente.


Seguindo a corrente

Um velho homem bêbado, acidentalmente. caiu nas terríveis corredeiras de um rio que levavam para uma alta e perigosa cascata.
Ninguém jamais tinha sobrevivido àquele rio. Algumas pessoas que viram o acidente temeram pela sua vida, tentando desesperadamente chamar a atenção do homem que, bêbado, estava quase desmaiado.
Mas, miraculosamente, ele conseguiu sair salvo quando a própria correnteza o despejou na margem em uma curva que fazia o rio.
Ao testemunhar o evento, Confúcio comentou para todas as pessoas que diziam não entender como o homem tinha conseguido sair de tão grande dificuldade sem luta:
“Ele se acomodou à água, não tentou lutar com ela. Sem pensar, sem racionalizar, ele permitiu que a água o envolvesse. Mergulhando na correnteza, conseguiu sair da correnteza. Assim foi como conseguiu sobreviver.”


Concentração

Após ganhar vários torneios de Arco e Flecha, o jovem e arrogante campeão resolveu desafiar um mestre Zen que era renomado pela sua capacidade como arqueiro.
O jovem demonstrou grande proficiência técnica quando ele acertou em um distante alvo na mosca na primeira flecha lançada, e ainda foi capaz de dividi-la em dois com seu segundo tiro.
“Sim!”, ele exclamou para o velho arqueiro, “Veja se pode fazer isso!”
Imperturbável, o mestre não preparou seu arco, mas em vez disso fez sinal para o jovem arqueiro segui-lo para a montanha acima.
Curioso sobre o que o velho estava tramando, o campeão seguiu-o para o alto até que eles alcançaram um profundo abismo atravessado por uma frágil e pouco firme tábua de madeira. Calmamente caminhando sobre a insegura e certamente perigosa ponte, o velho mestre tomou uma larga árvore longínqua como alvo, esticou seu arco, e acertou um claro e direto tiro.
“Agora é sua vez,” ele disse enquanto ele suavemente voltava para solo seguro.
Olhando com terror para dentro do abismo negro e aparentemente sem fim, o jovem não pôde forçar a si mesmo caminhar pela prancha, muito menos acertar um alvo de lá.
“Você tem muita perícia com seu arco,” o mestre disse, percebendo a dificuldade de seu desafiante, “mas você tem pouco equilíbrio com a mente que deve nos deixar relaxados para mirar o alvo.”


Sem Mais Questões

Ao encontrar um mestre Zen em um evento social, um psiquiatra decidiu colocar-lhe uma questão que sempre esteve em sua mente:
“Exatamente como você ajuda as pessoas?” ele perguntou.
“Eu as alcanço naquele momento mais difícil, quando elas não tem mais nenhuma questão para perguntar,” o mestre respondeu.


Transformação

O colunista Sydney Harris (EUA) acompanhava um amigo à banca de jornal.
O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro.
Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, o amigo de Sydy sorriu atenciosamente e desejou ao jornaleiro um bom final de semana.
Quando os dois amigos desciam pela rua, o colunista perguntou:
– Ele sempre te trata com tanta grosseria?
– Sim, infelizmente é sempre assim.
– E você é sempre tão atencioso e amável com ele?
– Sim, sou.
– Por que você é tão educado, já que ele é tão rude com você?
– Porque não quero que ele decida como eu devo agir. Nós somos nossos “próprios donos”. Não devemos nos curvar diante de qualquer vento que sopra, nem estar à mercê do mau humor, da mesquinharia, da impaciência e da raiva dos outros. Não são os ambientes que nos transformam… somos nós que transformamos os ambientes…


Torne-se Oceano

Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano, ele treme de medo.
Olha para trás, para toda a jornada: os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente. O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece, porque apenas o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.
Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento.


O rio da vida

Era uma vez um riacho de águas cristalinas, muito bonito, que serpenteava entre as montanhas.
Em certo ponto de seu percurso, notou que a sua frente havia um pântano imundo, por onde deveria passar. Olhou, então, para Deus e protestou:
– Senhor, que castigo! Eu sou um riacho tão límpido, tão formoso e o Senhor me obriga a atravessar um pântano sujo como esse!
Deus respondeu:
– Isso depende da sua maneira de encarar o pântano. Se ficar com medo, você vai diminuir o ritmo de seu curso, dará voltas e, inevitavelmente, acabará misturando suas águas com as do pântano, o que o tornará igual a ele. Mas, se você o enfrentar com velocidade, com força, com decisão, suas águas se espalharão sobre ele, a umidade as transformará em gotas que formarão nuvens, e o vento levará essas nuvens em direção ao oceano. Aí você se transformará em mar…


A Humanidade
Dalai Lama

Perguntaram a Dalai Lama:

“O que mais te surpreende na Humanidade?”

E ele respondeu:

“Os homens…
Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde…
Porque pensam ansiosamente no futuro e, por isso, esquecem-se do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente, nem o futuro…
E porque vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido!”


A Aranha

Um conto Tibetano fala de um estudante de meditação que, enquanto meditava em seu quarto, pensava ver uma assustadora aranha descendo à sua frente. A cada dia a criatura ameaçadora retornava cada vez maior em tamanho. Tão terrificado estava o estudante que finalmente foi ao seu professor para relatar o seu dilema:

“Não posso continuar meditando com tal ameaça sobre mim,” disse ele tremendo de pavor.” Vou guardar uma faca em meu colo durante a meditação, de forma que quando a aranha aparecer eu possa matá-la!”

O professor advertiu-o contra esta idéia:

“Não faça isso. Faça como eu lhe digo: leve um pedaço de carvão na sua meditação, e quando a aranha aparecer, marque um ‘X’ em sua barriga. Depois disso venha até mim.”

O estudante retornou à sua meditação. Quando a aranha novamente apareceu, ele lutou contra o impulso de atacá-la e em vez disso fez como o mestre sugeriu.

Então correu para a sala de dele, gritando:

“Eu a marquei na barriga! Fiz o que me pediu! O que faço agora?”

O professor olhou-o e falou:

“Levante a túnica e olhe para sua própria barriga.”

Ao fazer isso, o estudante viu o “X” que havia feito.


Sem Problema

Um praticante Zen foi à Bankei e fez-lhe esta pergunta, aflito:

“Mestre, Eu tenho um temperamento irascível. Sou às vezes muito agitado e agressivo e acabo criando discussões e ofendendo outras pessoas. Como posso curar isso?”

“Tu possuis algo muito estranho,” replicou Bankei. “Deixe ver como é esse comportamento.”

“Bem… eu não posso mostrá-lo exatamente agora, mestre,” disse o outro, um pouco confuso.

“E quando tu a mostrarás para mim?” perguntou Bankei.

“Não sei… é que isso sempre surge de forma inesperada,” replicou o estudante.

“Então,” concluiu Bankei, “essa coisa não faz parte de tua natureza verdadeira. Se assim fosse, tu poderias mostrá-la sempre que desejasse. Quando tu nasceste não a tinhas, e teus pais não a passaram para ti. Portanto, saibas que ele não existe.”



Beladona

O discípulo disse ao mestre: – Tenho passado grande parte do meu dia vendo coisas que não devia ver, desejando coisas que não devia desejar, fazendo planos que não devia fazer.

O mestre convidou o discípulo para um passeio. No caminho, apontou uma planta e perguntou se o discípulo sabia o que era.

O Discípulo respondeu:- Beladona. Pode matar quem comer suas folhas.

– Mas não pode matar quem apenas a contempla. Da mesma maneira, os desejos negativos não podem causar nenhum mal se você não se deixar seduzir por eles.



Sons Inaudíveis

Um rei mandou seu filho estudar no templo de um grande Mestre, com o objetivo de prepará-lo para ser uma grande pessoa. Quando o príncipe chegou ao templo, o Mestre o mandou sozinho para uma floresta. Ele deveria voltar um ano depois, com a tarefa de descrever todos os sons da floresta. Quando o príncipe retornou ao templo, após um ano, o Mestre lhe pediu para descrever todos os sons que conseguira ouvir. Então disse o príncipe:

– Mestre, pude ouvir o canto dos pássaros, o barulho das folhas, o alvoroço dos beija-flores, a brisa batendo na grama, o zumbido das abelhas, o barulho do vento cortando os céus…

E ao terminar o seu relato, o Mestre pediu que o príncipe retornasse à floresta, para ouvir tudo o mais que fosse possível. Apesar de intrigado, o príncipe obedeceu à ordem do Mestre, pensando:

– Não entendo, eu já distingui todos os sons da floresta…

Por dias e noites ficou sozinho ouvindo, ouvindo, ouvindo… Mas não conseguiu distinguir nada de novo além daquilo que havia dito ao Mestre. Porém, certa manhã, começou a distinguir sons vagos, diferentes de tudo o que ouvira antes. E quanto mais prestava atenção, mais claros os sons se tornavam. Uma sensação de encantamento tomou conta do rapaz. Pensou:

– Esses devem ser os sons que o Mestre queria que eu ouvisse…

E sem pressa, ficou ali ouvindo e ouvindo, pacientemente. Queria Ter certeza de que estava no caminho certo. Quando retornou ao templo, o Mestre lhe perguntou o que mais conseguira ouvir.

Paciente e respeitosamente, o príncipe disse:

– Mestre, quando prestei atenção, pude ouvir o inaudível som das flores se abrindo, o som do sol nascendo e aquecendo a terra e da grama bebendo o orvalho da noite…

O Mestre sorrindo, acenou com a cabeça em sinal de aprovação, e disse:

– Ouvir o inaudível é ter a calma necessária para se tornar uma grande pessoa. Apenas quando se aprende a ouvir o coração das pessoas, seus sentimentos mudos, seus medos não confessados e suas queixas silenciosas, uma pessoa pode inspirar confiança ao seu redor, entender o que está errado e atender às reais necessidades de cada um.”



O Deva e o Buda

O Buda estava um dia no jardim de Anathapindika, na cidade de Jetavana, quando lhe apareceu um Deva (espírito da natureza) em figura de brâmane e vestido de hábitos brancos como a neve, e entre ambos se estabeleceu o seguinte diálogo:

O Deva:
– Qual é a espada mais cortante?

Ao que Buda respondeu:
– A palavra raivosa é a espada mais cortante.

– Qual é o maior veneno?
– A inveja é o mais mortal veneno.

– Qual é o fogo mais ardente?
– A luxúria.

– Qual é a noite mais escura?
– A ignorância.

– Quem obtém a maior recompensa?
– Quem dá sem desejo de receber é quem mais ganha.

– Quem sofre a maior perda?
– Quem recebe de outro sem devolver nada é o que mais perde.

– Qual é a armadura mais impenetrável?
– A paciência.

– Qual é a melhor arma?
– A sabedoria.

– Qual é o ladrão mais perigoso?
– Um mau pensamento é o ladrão mais perigoso.

– Qual o tesouro mais precioso?
– A virtude.

– Quem recusa o melhor que lhe é oferecido neste mundo?
– Recusa o melhor que se lhe oferece quem aspira à imortalidade.

– O que atrai?
– O bem atrai.

– O que repugna?
– O mal repugna.

– Qual é a dor mais terrível?
– A má conduta.

– Qual é a maior felicidade?
– A libertação.

– O que ocasiona a ruína no mundo?
– A ignorância.

– O que destrói a amizade?
– A inveja e o egoísmo.

– Qual é a febre mais aguda?
– O ódio.

O Deva então faz sua última pergunta:
– O que é que o fogo não queima, nem a ferrugem consome, nem o vento abate e é capaz de reconstruir o mundo inteiro?

Buda respondeu:
– O benefício das boas ações.

Satisfeito com as respostas, o Deva, com as mãos juntas, se inclinou respeitosamente ante Buda e desapareceu.


A Arte do Silêncio

Certa vez, um homem tanto falou que seu vizinho era ladrão, que o vizinho acabou sendo preso.

Algum tempo depois, descobriram que era inocente.

O rapaz foi solto e, após muito sofrimento e humilhação, processou o vizinho.

No tribunal, o vizinho disse ao juiz:

– Comentários não causam tanto mal…

E o juiz respondeu:

– Escreva os comentários que você fez sobre ele num papel.

Depois pique o papel e jogue os pedaços pelo caminho de casa. Amanhã, volte para ouvir sentença!

O vizinho obedeceu e voltou no dia seguinte, quando o juiz disse:

– Antes da sentença, terá que catar os pedaços de papel que espalhou ontem!

– Não posso fazer isso, meritíssimo! – respondeu o homem.

O vento deve tê-los espalhado por tudo quanto é lugar e já não sei onde estão!

Ao que o juiz respondeu:

– “Da mesma maneira, um simples comentário que pode destruir a honra de um homem, espalha-se a ponto de não podermos mais consertar o mal causado.”


Espinhal

Certa vez um homem interrogou o rabino Joshua ben Karechah:

– Por que Deus escolheu um espinhal para falar com Moisés?

O rabino respondeu:

– Se ele tivesse escolhido uma oliveira ou uma amoreira, você teria feito a mesma pergunta. Mas não posso deixá-lo sem uma resposta: por isso digo que Deus escolheu um mísero e pequeno espinhal para ensinar que não há nenhum lugar na terra onde Ele não esteja presente.


Oásis

Conta uma popular lenda do Oriente, que um jovem chegou à beira de um oásis junto a um povoado e, aproximando-se de um velho, perguntou-lhe:

– Que tipo de pessoa vive nesse lugar ?

– Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem? – perguntou  o ancião.

– Oh, um grupo de egoístas e malvados – replicou o rapaz – Estou satisfeito de haver saído de lá.

– A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui –Replicou o velho.

No mesmo dia, outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião perguntou-lhe:

– Que tipo de pessoa vive por aqui?

O velho respondeu com a mesma pergunta: – Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem?

O rapaz respondeu: – Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por ter de deixá-las.

– O mesmo encontrará por aqui – respondeu o ancião.

Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho:

– Como é possível dar respostas tão diferentes à mesma pergunta?

Ao que o velho respondeu:

– Cada um carrega no seu coração o meio e os sentimentos que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui, porque, na verdade, a nossa atitude mental é a única coisa na nossa vida sobre a qual podemos manter controle absoluto.


Milagre Autêntico

Um homem apresentou-se a um mestre e lhe disse:

– Meu anterior mestre faleceu. Ele era um homem santo capaz de realizar muitos milagres. Que milagres  tu és capaz de realizar?

– Eu quando como, como; quando durmo, durmo – respondeu o mestre.

– Mas isso não é nenhum milagre, eu também como e durmo.

– Não. Quando tu comes, pensas em mil coisas; quando dorme, fantasias e sonhas.

Eu somente como e durmo. Isto é um milagre.


De Passagem

Um viajante chegou a uma humilde cabana, onde se dirigiu pedindo água e pousada. Quando chegou, foi recebido por um monge que lhe ofereceu acolhimento. Ao reparar na simplicidade da casa e, sobretudo, na ausência de mobília, curioso indagou:

– Onde estão os teus móveis?

– Onde estão os teus? – devolveu o monge.

– Estou aqui só de passagem – respondeu o andarilho

– Eu também…



Ajuda

Um menino pequeno estava se esforçando para mover um pesado armário, mas o móvel não cedia. Ele empurrava e puxava com toda sua força,mas não conseguia movê-lo nenhum centímetro. O pai, que ali chegava, parou para observar os esforços vãos do filho. Finalmente perguntou:

“Filho, está usando toda a sua força?”

“Sim, estou!” gritou o garoto, exasperado.

“Não”, disse calmamente o pai, você não está. Não me pediu para ajudá-lo.



A escola dos bichos
Rosana Rizzuti

Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola. Para isso reuniram-se e começaram a escolher as disciplinas.

O Pássaro insistiu para que houvesse aulas de vôo.

O Esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental.

E o Coelho queria de qualquer jeito que a corrida fosse incluída.

E assim foi feito, incluíram tudo, mas… cometeram um grande erro. Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos.

O Coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo a voar.

Colocaram-no numa árvore e disseram: “Voa,

Coelho”. Ele saltou lá de

cima e “pluft”… coitadinho! Quebrou as pernas. O Coelho não aprendeu a voar e acabou sem poder correr também.

O Pássaro voava como nenhum outro, mas o obrigaram a cavar buracos como uma toupeira.

Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, e nem mais cavar buracos.

Sabe de uma coisa?

Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem uma ou mais qualidades próprias dadas por DEUS.

Não podemos exigir ou forçar para que as outras pessoas sejam parecidas conosco ou tenham nossas qualidades.

Se assim agirmos, acabaremos fazendo com que elas sofram, e no final, elas poderão não ser o que queríamos que fossem e ainda pior, elas poderão não mais fazer o que faziam bem feito.

Respeitar as diferenças é amar as pessoas como elas são.



Construa com Sabedoria
Valtair Freitas

Um velho carpinteiro estava pronto para se aposentar.

Ele informou ao chefe seu desejo de sair da indústria de construção e passar mais tempo com sua família.

Ele ainda disse que sentiria falta do salário, mas realmente queria se aposentar.

A empresa não seria muito afetada pela saída do carpinteiro, mas o chefe estava triste em ver um bom funcionário partindo e ele pediu ao carpinteiro para trabalhar em mais um projeto como um favor.

O carpinteiro concordou, mas era fácil ver que ele não estava entusiasmado com a idéia.

Ele prosseguiu fazendo um trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados.

Foi uma maneira negativa dele terminar sua carreira.

Quando o carpinteiro acabou, o chefe veio fazer a inspeção da casa.

E depois ele deu a chave da casa para o carpinteiro e disse:

“Essa é sua casa. Ela é o meu presente para você”.

O carpinteiro ficou muito surpreso. Que pena!

Se ele soubesse que ele estava construindo sua própria casa, ele teria feito tudo diferente.

O mesmo acontece conosco. Nós construímos nossa vida, um dia de cada vez e muitas vezes fazendo menos que o melhor possível na construção.

Depois com surpresa nós descobrimos que nós precisamos viver na casa que nós construímos.

Se nós pudéssemos fazer tudo de novo, faríamos tudo diferente.

Mas não podemos voltar atrás.

Você é o carpinteiro.

Todo dia você martela pregos, ajusta tábuas e constrói paredes.

Alguém disse que “A vida é um projeto que você mesmo constrói”.

As atitudes e escolhas de hoje estão construindo a “casa” que você vai morar amanhã.

Construa com Sabedoria!



Inferno e céu coletivo

Mestre e discípulo foram até uma região onde havia fartura de arroz, mas os habitantes daquele lugar possuíam talas em seus braços, o que os impedia de levarem o alimento à própria boca. No meio daquela fartura, passavam fome e eram fracos e subnutridos!

– Veja! – Disse o Mestre – Isto é o inferno coletivo.

Em seguida, o Mestre guiou o Discípulo para uma região próxima e mostrou que nela também havia fartura de arroz e as pessoas também tinham os braços atados a talas, mas eram saudáveis e bem nutridas, pois uma levava o arroz à boca do outro, em um processo de interdependência e cooperação mútua.

– E isto é o Céu coletivo.



Buda e a Flor de Lotus

Buda reuniu seus discípulos, e mostrou uma flor de lótus – símbolo da pureza, porque cresce imaculada em águas pantanosas.

– Quero que me digam algo sobre isto que tenho nas mãos – perguntou Buda.

O primeiro fez um verdadeiro tratado sobre a importância das flores.

O segundo compôs uma linda poesia sobre suas pétalas.

O terceiro inventou uma parábola usando a flor como exemplo.

Chegou a vez de Mahakashyao. Este aproximou-se de Buda, cheirou a flor e acariciou seu rosto com uma das pétalas.

– É uma flor de lótus – disse Mahakashyao. Simples e bela.

– Você foi o único que viu o que eu tinha nas mãos – disse Buda.



Viver como as flores

Era uma vez um jovem que caminhava ao lado do seu mestre. Ele perguntou:

– Mestre, como faço para não me aborrecer? Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes. Algumas são indiferentes, outras mentirosas… Sofro com as que caluniam…

– Viva como as flores! – advertiu o mestre.

– Como é viver como as flores? – perguntou o discípulo.

– Repare nestas flores – continuou o mestre – apontando lírios que cresciam no jardim. Elas nascem no esterco, entretanto são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas…

Não é sábio permitir que os vícios dos outros nos importunem. Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento. Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora… Não se deixe contaminar por tudo aquilo que o rodeia… Assim, você estará vivendo como as flores!



Lenda Cherokee do rito de passagem da juventude

O pai leva o filho para a floresta durante o final da tarde, venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho. O filho se senta sozinho no topo de um montanha por toda a noite e não pode remover a venda até os raios do sol brilharem no dia seguinte.Ele não pode gritar por socorro para ninguém.

Se ele passar a noite toda lá, será considerado um homem. Ele não pode contar a experiência aos outros meninos porque cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo, enfrentando o medo do desconhecido. O menino está naturalmente amedrontado.

Ele pode ouvir toda espécie de barulho. Os animais selvagens podem, naturalmente, estar ao redor dele. Talvez alguns humanos possam feri-lo. Os insetos e cobras podem picá-lo. Ele pode estar com frio, fome e sede. O vento sopra a grama e a terra sacode os tocos, mas ele se senta estoicamente, nunca removendo a venda. Segundo os Cherokees, este é o único modo dele se tornar um homem.

Finalmente…

Após a noite horrível, o sol aparece e a venda é removida.

Ele então descobre seu pai sentado na montanha perto dele.

… Ele estava a noite inteira protegendo seu filho dos perigos…



Os Quatro Elementos

“Seja terra”, disse o mestre. “A terra recebe os dejetos de homens e animais e não é perturbada por isto; muito pelo contrário, transforma as impurezas em adubo, e fertiliza o campo.”

“Seja água”, disse o mestre. “A água limpa a si mesma, e limpa tudo aquilo que toca. Seja água em torrente.”

“Seja fogo”, disse o mestre. “O fogo faz a madeira podre transformar-se em luz e calor. Seja o fogo que queima e purifica.”

“Seja vento”, disse o mestre. “O vento espalha as sementes sobre a terra, faz o fogo arder com mais brilho, empurra as nuvens – para que a água caia sobre todos os homens.”

“Se você tiver a paciência da terra, a pureza da água, a força do fogo, e a justiça do vento, você está livre.”



O Círculo da Tolerância

Um famoso senhor com poder de decisão, gritou com um diretor da sua empresa, porque estava com ódio naquele momento.

O diretor, chegando em casa, gritou com sua esposa, acusando-a de que estava gastando demais, porque havia um bom e farto almoço à mesa.

Sua esposa gritou com a empregada que quebrou um prato.

A empregada chutou o cachorrinho no qual tropeçara.

O cachorrinho saiu correndo, e mordeu uma senhora que ia passando pela rua, porque estava atrapalhando sua saída pelo portão.

Essa senhora foi à farmácia para tomar vacina e fazer um curativo, e gritou com o farmacêutico, porque a vacina doeu ao ser-lhe aplicada.

O farmacêutico, chegando à casa, gritou com sua mãe, porque o jantar não estava do seu agrado.

Sua mãe, tolerante, um manancial de amor e perdão, afagou-lhe seus cabelos e beijou-o na testa, dizendo-lhe:

“Filho querido, prometo-lhe que amanhã farei os seus doces favoritos.

Você trabalha muito, está cansado e precisa de uma boa noite de sono.

Vou trocar os lençóis da sua cama por outros bem limpinhos e cheirosos para que você descanse bem. Amanhã você sentir-se-à melhor.”

E abençoou-o, retirando-se e deixando-o sozinho com os seus pensamentos…

Naquele momento, rompeu o círculo do ódio, porque esbarrou com a tolerância, a doçura, o perdão e o amor…



Lenda Sioux – Amor entre Touro Bravo e Nuvem Azul

Conta uma velha lenda que, uma vez, Touro Bravo, o mais valente e honrado de todos os jovens guerreiros, e Nuvem Azul, a filha do cacique, uma das mais formosas mulheres da tribo, chegaram de mãos dadas até a tenda do velho feiticeiro da tribo.

– Nós nos amamos e vamos nos casar, disso o jovem. E nos amamos tanto que queremos um feitiço, um conselho, ou um talismã… Alguma coisa que nos garanta que poderemos ficar sempre juntos… Que nos assegure quer estaremos um ao lado do outro até encontrarmos a morte. Há algo que possamos fazer?

E o velho emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse:

– Tem uma coisa a ser feita, mas é uma tarefa muito difícil e sacrificada…Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte dessa aldeia e apenas com uma rede e tuas mãos, deves caçar o falcão mais vigoroso do monte… e trazê-lo aqui com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia. E tu, Touro Bravo, continuou o feiticeiro, deves escalar a montanha do trono, e lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias, e somente com as tuas mãos e uma rede, deverás apanhá-la trazendo-a para mim, viva!

Os jovens abraçaram-se com ternura, e logo partiram para cumprir a missão recomendada…

No dia estabelecido, à frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves dentro de um saco. O velho pediu, que, com cuidado, as tirassem dos sacos… E viu que eram verdadeiramente formosos exemplares…

– E agora o que faremos? Perguntou o jovem. Nós as matamos e depois bebemos a honra de seu sangue? Ou cozinhamos e depois comemos o valor da sua carne? – Perguntou a jovem.

– Não! – Disse o feiticeiro. Apanhem as aves e amarrem-nas entre si pelas patas com essas fitas de couro… Quando as tiverem amarradas, soltem-nas, para que voem livres…

O guerreiro e a jovem fizeram o que lhes foi ordenado e soltaram os pássaros. A águia e o falcão tentaram voar mas apenas conseguiram saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela incapacidade do vôo, as aves arremessavam-se entre si, bicando-se até se machucar.

E o velho disse:

– Jamais esqueçam o que estão vendo… Este é o meu conselho. Vocês são como a águia e o falcão… Se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, cedo ou tarde, começarão a machucar-se um ao outro… Se quiserem que o amor entre vocês perdure, voem juntos,mas jamais amarrados…



Onde Você colocou o Sal?

O velho Mestre pediu ao jovem aprendiz que estava triste, que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d’água e bebesse.

-‘Qual é o gosto?’ – perguntou o Mestre.

-‘Ruim’ – disse o aprendiz.

O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.

Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago. Então o velho disse:

-‘Beba um pouco dessa água’. Enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:

-‘Qual é o gosto?’

-‘Bom!’ disse o rapaz.

-‘Você sente o gosto do sal?’ perguntou o Mestre.

-‘Não’ disse o jovem.

O Mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:

-‘A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta.

É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu. Em outras palavras:

É deixar de Ser copo, para tornar-se um Lago.’



Lenda Cherokee – Conflito entre dois lobos

Um velho cherokee dava lições de vida aos seus netos. Disse-lhes:

“Está se travando uma luta dentro de mim. Luta terrível, entre dois lobos.

Um é o medo, a cólera, a inveja, a tristeza, o remorso, a arrogância a  auto-piedade, a culpa, o ressentimento, a inferioridade e a mentira.

O Outro é a paz, a esperança, o amor, a alegria, a delicadeza, a benevolência, a amizade, a empatia, a generosidade, a verdade, a compaixão e a fé.

A mesma luta está se travando dentro de vocês e de todas as outras pessoas…”

As crianças puseram-se a refletir sobre o assunto e uma delas perguntou ao avô: ” Qual dos lobos vencerá?”

O ancião respondeu:

” Aquele que for alimentado…”



Julgando o Próximo
Paulo Coelho

Um dos monges do mosteiro de Sceta cometeu uma falta grave, e chamaram o ermitão mais sábio para que pudesse julgá-la.

O ermitão se recusou, mas insistiram tanto que ele terminou por ir. Antes, porém, pegou um balde e furou-o em várias partes; Depois, encheu-o de areia e encaminhou-se para o convento.

O superior, ao vê-lo entrar, perguntou o que era aquilo.

– Vim julgar meu próximo, disse o ermitão. Meus pecados estão escorrendo detrás de mim, como a areia escorre deste balde. Mas, como não olho para trás e não me dou conta dos meus próprios pecados, fui chamado para julgar meu próximo!

… E os monges desistiram da punição…



Como  a trilha foi aberta
Paulo Coelho

Um dia, um bezerro precisou atravessar uma floresta virgem para voltar a seu pasto. Sendo animal irracional, abriu uma trilha tortuosa, cheia de curvas, subindo e descendo colinas.

No dia seguinte, um cão que passava por ali, usou essa mesma trilha para atravessar a floresta. Depois foi a vez de um carneiro, líder de um rebanho, que vendo o espaço já aberto, fez seus companheiros seguirem por ali.

Mais tarde, os homens começaram a usar esse caminho: entravam e saíam, viravam à direita, à esquerda, abaixavam-se, desviavam-se de obstáculos, reclamando e praquejando – com toda razão. Mas não faziam nada para criar uma nova alternativa.

Depois de tanto uso, a trilha acabou virando uma estradinha onde os pobres animais se cansavam sob cargas pesadas, sendo obrigados a percorrer em três horas uma distância que poderia ser vencida em trinta minutos, caso não seguissem o caminho aberto por um bezerro.

Muitos anos se passaram e a estradinha tornou-se a rua principal de um vilarejo, e posteriormente a avenida principal de uma cidade. Todos reclamavam do trânsito, porque o trajeto era o pior possível.

Enquanto isso, a velha e sábia floresta ria, ao ver que os homens têm a tendência de seguir como cegos o caminho que já está aberto, sem nunca se perguntarem se aquela é a melhor escolha.



Paz Interior
Ema Ely

Conta a lenda que um velho sábio, tido como mestre da paciência, era capaz de derrotar qualquer adversário …

Certa tarde, um homem conhecido por sua total falta de escrúpulos, apareceu com a intenção de desafiar o mestre da paciência.

O velho aceitou o desafio… e o homem começou a insultá-lo.

Chegou a jogar algumas pedras em sua direção, cuspiu em sua direção, E gritou todos os tipos de insultos…

Durante horas fez o máximo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível!

No final da tarde, sentindo-se exausto e humilhado, o homem se deu por vencido e retirou-se …

Impressionados os alunos perguntaram ao mestre como ele pudera suportar tanta indignidade.

O mestre perguntou:

Se alguém chega à  você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?A quem tentou entregá-lo, respondeu um dos discípulos.



A Tigela de Madeira

Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o netinho de quatro anos de idade.

As mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos  vacilantes.

A família comia reunida à mesa. Mas, as mãos trêmulas e a visão falha do avô o atrapalhavam na hora de comer.

Ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão.

Quando pegava o copo, leite era derramado na toalha da mesa.

O filho e a nora irritaram-se com a bagunça.

– “Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai”, disse o filho.

“Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão.”

Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha.

Ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação.

Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida numa tigela de madeira.

Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes ele tinha lágrimas em seus olhos.

Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas quando ele deixava um talher ou comida cair ao chão.

O menino de 4 anos de idade assistia a tudo em silêncio.

Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno estava n o chão, manuseando pedaços de madeira.

Ele perguntou delicadamente à criança:

– “O que você está fazendo?”

O menino respondeu docemente:

– “Oh, estou fazendo uma tigela para você e mamãe comerem, quando eu  crescer.”

O garoto de quatro anos de idade sorriu e voltou ao trabalho.

Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos.

Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.

Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito.

Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente conduziu-o à mesa da família.

Dali para frente e até o final de seus dias ele comeu todas as refeições com a família.

E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caía,  oleite era derramado ou a toalha da mesa sujava.



Lenda oriental

Conta uma lenda popular do Oriente que um jovem chegou a beira de um oásis junto a um povoado, aproximou-se de um velho e perguntou-lhe:

“Que tipo de pessoa vive neste lugar?”

“Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem?”, perguntou por sua vez o ancião. “Oh, um grupo de egoístas e malvados.”, replicou o rapaz. “Estou satisfeito de haver saído de lá.”

A isso, o velho replicou: “A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui.” No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião, perguntou-lhe:

“Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem?” O rapaz respondeu: “um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por ter de deixá-las.” “O mesmo encontrará por aqui.”, respondeu o ancião.

Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho: “Como é possível dar respostas tão diferentes a mesma pergunta? Ao que o velho respondeu:

“Cada um carrega no seu coração o meio em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares onde passou, não encontrará outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui, porque, na verdade, nossa atitude mental é a única coisa na nossa vida sobre a qual podemos manter o controle absoluto.



Lógica de Albert Einstein

Conta-se que duas crianças estavam patinando num lago congelado da Alemanha. Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam despreocupadas. De repente, o gelo se quebrou e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou. A outra, vendo seu amigo preso e se congelando, tirou um dos patins e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo por fim quebrá-lo e libertar seu amigo. Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:

Como você conseguiu fazer isso? É impossível que tenha conseguido quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!

Nesse instante, Albert Einstein que passava pelo local, comentou:

– Eu sei como ele conseguiu.

Todos perguntaram:

– Pode nos dizer como?

-É simples, respondeu Einstein.

Não havia ninguém ao seu redor para lhe dizer que não seria capaz.



Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava a sua vida
Luiz Fernando Veríssimo

Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:

“Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes”.

No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa.

A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório.

Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:

-Quem será que estava atrapalhando o meu progresso?

– Ainda bem que esse infeliz morreu!

Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros.

Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas.

Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.

A pergunta ecoava na mente de todos: “Quem está nesse caixão”?

No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo …

Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO!

Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida.

Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida.

Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo.

“SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA … QUANDO VOCÊ MUDA!
VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA.”

O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos.

A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença.

A vida muda, quando “você muda”.



A Porta
Mestre Sufi Murad Shami

Yak Baba estava procurando o país dos Tolos. Depois de muitos meses perguntando a todos os transeuntes que apareciam em seu caminho, alguém soube indicar-lhe a estrada e por ela ele seguiu. Ao entrar no País dos Tolos viu uma mulher carregando uma porta sobre as costas:

– Por que fazes isto, mulher? – perguntou.

– Porque hoje de manhã meu esposo, antes de ir para o trabalho, disse que havia deixado coisas valiosas em casa e que eu não deixasse passar ninguém pela porta. Por isso estou carregando a porta comigo; assim, ninguém poderá passar.

-Quer que eu lhe diga algo que tornará desnecessário levar esta porta a toda parte? – perguntou o dervixe Yak Baba.

-De jeito nenhum – disse a mulher. – Só quero que me diga como fazer para que a porta não pese tanto…

– Isto não posso – disse o dervixe. E cada qual seguiu seu caminho…



Conto Indiano

O célebre e contraditório personagem sufi Mulla Nasrudin visitou a Índia. Chegou a Calcutá e começou a passear por uma de suas movimentadas ruas. De repente viu um homem que estava vendendo o que Nasrudin acreditou que eram doces, ainda que na realidade fossem chiles apimentados. Nasrudin era muito guloso e comprou uma grande quantidade dos supostos doces, dispondo-se a dar-se um grande banquete. Estava muito contente, se sentou em um parque e começou a comer chiles a dentadas. Logo que mordeu o primeiro dos chiles sentiu fogo no paladar. Eram tão apimentados aqueles doces que ficou com a ponta do nariz vermelha e começou a soltar lágrimas até os pés. Não obstante, Nasrudin continuava levando os chiles à boca sem parar. Espirrava, chorava, fazia caretas de mal estar, mas seguia devorando os chiles. Assombrado, um passante se aproximou e disse-lhe:

– Amigo, não sabe que os chiles só se comem em pequenas quantidades?

Quase sem poder falar, Nasrudin comentou:

– Bom homem, creia-me, eu pensava que estava comprando doces.

Mas Nasrudin seguia comendo chiles. O passante disse:

– Bom, está bem, mas agora já sabes que não são doces. Por que segues comendo-os?

Entre tosses e soluços, Nasrudin disse:

– Já que investi neles meu dinheiro, não vou jogá-los fora.

O Grande Mestre disse: Não sejas como Nasrudin.

Toma o melhor para tua evolução interior ejoga fora o desnecessário ou pernicioso, mesmo que tenhas investido muito dinheiro ou tempo neles.



Pregos na Cerca

Era uma vez um garoto que tinha um temperamento muito ruim.

O Pai desse garoto deu-lhe um saco com pregos e disse-lhe que toda vez que ele perdesse a paciência, deveria martelar um prego atrás da cerca. No primeiro dia o garoto enfiou 37 pregos.

Em algumas semanas, ia aprendendo a controlar seu temperamento, e o número de pregos martelados por dia reduziu gradativamente.

Descobriu que era mais fácil controlar seu temperamento do que martelar todos aqueles pregos na cerca… Finalmente chegou o dia em que o garoto não perdeu a paciência nem uma vez.

E disse aquilo ao seu pai. Este sugeriu que ele retirasse um prego por cada dia que ele conseguisse controlar seu temperamento.

Finalmente chegou o dia em que o garoto havia retirado todos os pregos da cerca. Então O pai pegou a mão do seu filho e o levou para a cerca e disse: “Você foi muito bem meu filho!” Mas olha todos esses buracos na cerca. A cerca jamais será a mesma. Quando você diz coisas com a cabeça quente, elas deixam marcas como estas. Você pode ferir um homem com uma faca e depois tirar a faca, não importa quantas vezes você pedir perdão, a ferida ainda vai estar ali. Uma ferida verbal é tão grave quanto uma física.

Lembre-se da lição que o pai ensinou para o filho. Que “buracos” você tem feito recentemente? Alguns podem ser grandes e outros pequenos. Sejam do tamanho que forem, cada buraco que é feito com raiva faz a vida um pouco mais feia. A próxima vez que você começar a sentir raiva, tente se expressar de maneira diferente e reduzir o número de buracos que você faz.



O Pote Rachado

Um carregador de água levava dois potes grandes, pendurados em cada ponta de uma vara, sobre os ombros. Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do Mestre; o pote rachado chegava sempre pela metade.

Assim foi durante dois anos. Diariamente, o carregador entregava um pote e meio de água na casa de seu Mestre. O pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição, e sentia-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do trabalho que deveria fazer. Um dia decidiu e falou para o homem, à beira do poço:

“Estou envergonhado, e quero pedir-te desculpas.”

“Por quê?” Perguntou o homem. – “De que estás envergonhado?”

“Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas a metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho até a casa de teu senhor. Por causa do meu defeito, tens que fazer todo esse trabalho, e não ganhas o salário completo dos teus esforços.”

O homem ficou triste pelo sentimento do velho pote, e disse-lhe amorosamente:

“Quando retornarmos para a casa de meu senhor, quero que admires as flores ao longo do caminho.”

De fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou flores selvagens ao longo de todo o caminho, e isto alegrou-o. Mas, ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha.

Disse o homem ao pote:

“Notaste que pelo caminho só havia flores no teu lado? Eu, ao conhecer teu defeito, transformei-o em vantagem. Lancei sementes de flores no teu lado do caminho, e cada dia, enquanto voltamos do poço, tu as regas. Por dois anos eu pude colher flores para ornamentar a mesa de meu senhor. Se não fosses do jeito que és, meu Mestre não teria essa beleza em sua casa.”; se o reconhecermos, eles poderão proporcionar beleza…


O Poder da Doçura

O viajante caminhava pela estrada, quando observou o pequeno rio que começava tímido por entre as pedras. Foi seguindo-o por muito tempo. Aos poucos, ele foi tomando volume e se tornando um rio maior. O viajante continuou a segui-lo.

Bem mais adiante, o que era um pequeno rio se dividiu em dezenas de cachoeiras, num espetáculo de águas cantantes.

A música das águas atraiu mais o viajante, que se aproximou e foi descendo pelas pedras, ao lado de uma das cachoeiras. Descobriu, finalmente, uma gruta.

A natureza criara com paciência caprichosa, formas na gruta. Ele a foi adentrando, admirando sempre mais as pedras gastas pelo tempo.

De repente, descobriu uma placa. Alguém estivera ali antes dele. Com a lanterna, iluminou os versos que nela estavam escritos. Eram versos do grande escritor Tagore, prêmio Nobel de literatura de 1913:

“Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção.
Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir.”



O Vendedor de Balões

Era uma vez um velho homem que vendia balões numa feira.

O homem, que era um bom vendedor, deixou um balão vermelho soltar-se e elevar-se nos ares, atraindo, desse modo, uma multidão de jovens compradores de balões.

Havia ali perto um menino negro que observava o vendedor e, é claro, apreciava os balões. Depois de ter soltado o balão vermelho, o homem soltou um azul, depois um amarelo e finalmente um branco. Todos foram subindo até desaparecerem de vista.

O menino, de olhar atento, seguia cada um e ficava imaginando mil coisas… Mas havia uma coisa que o aborrecia: o homem não soltava o balão preto.

Então o menino aproximou-se do vendedor e perguntou-lhe: – Se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros? O vendedor de balões sorriu compreensivo, rebentou a linha que prendia o balão preto e enquanto ele se elevava nos ares disse:

– Não é a cor, filho, é o que está dentro dele que o faz subir.



Impossível Atravessar a Vida

Impossível atravessar a vida …
sem que um trabalho saia mal feito,
sem que uma amizade cause decepção,
sem padecer com alguma doença,
sem que um amor nos abandone,
sem que ninguém da família morra,
sem que a gente se engane em um negócio.

Esse é o custo de viver.
O importante não é o que acontece, mas, como você reage.

Você cresce quando não perde a esperança, nem diminui a vontade, nem perde a fé.
Quando aceita a realidade e tem orgulho de vivê-la.
Quando aceita seu destino, mas tem garra para mudá-lo.
Quando aceita o que deixa para trás, construindo o que tem pela frente e planejando o que está por vir.

Cresce quando supera, se valoriza e sabe dar frutos.
Cresce quando abre caminho, assimila experiências…
e semeia raízes….

Cresce quando se impõe metas, sem se importar com comentários.

Cresce quando é forte de caráter, sustentado por sua formação,
sensível por temperamento…
E humano por nascimento.
..



Abrindo a Porta

Numa terra em guerra, havia um rei que causava espanto.

Cada vez que fazia prisioneiros, não os matava, levava-os a uma sala, que tinha um grupo de arqueiros em um canto e uma imensa porta de ferro do outro, na qual haviam gravadas figuras de caveiras.

Nesta sala ele os fazia ficar em círculo, e então dizia:

– Vocês podem escolher morrer flechados por meus arqueiros, ou passarem por aquela porta e por mim lá serem trancados.

Todos os que por ali passaram, escolhiam serem mortos pelos arqueiros.

Ao término da guerra, um soldado que por muito tempo servira o rei, disse-lhe:

Senhor, posso lhe fazer uma pergunta?

– Diga, soldado.

– O que havia por trás da assustadora porta?

– Vá e veja.

O soldado então a abre vagarosamente, e percebe que a medida que o faz, raios de sol vão adentrando e clareando o ambiente, até que totalmente aberta, nota que a porta levava a um caminho que sairia rumo a liberdade.

O soldado admirado apenas olha seu rei que diz:

Eu dava a eles a escolha, mas preferiram morrer a arriscar abrir esta porta.

Quantas portas deixamos de abrir pelo medo de arriscar ?

Quantas vezes perdemos a liberdade, apenas por sentirmos medo de abrir a porta de nossos sonhos?



Para que Gritar?

Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos :

“Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?”
“Gritamos porque perdemos a calma”, disse um deles.

“Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?”, questionou novamente o pensador.

“Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça”, retrucou outro discípulo.

E o mestre volta a perguntar :

“Então não é possível falar-lhe em voz baixa?”

Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.

Então ele esclareceu :

“Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecido?”

O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito.

Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente.

Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância.

Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas?

Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê?

Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena.

Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram.

E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta.

Seus corações se entendem.

É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.

Por fim, o pensador conclui, dizendo :

“Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta”.



A felicidade não está onde se procura
Conto Sufi

Nasrudin encontrou um homem desconsolado sentado à beira do caminho e perguntou-lhe os motivos de tanta aflição.

– Não há nada na vida que interesse, irmão. Tenho dinheiro suficiente para não precisar trabalhar e estou nesta viagem só para procurar algo mais interessante do que a vida que levo em casa. Até agora, eu nada encontrei.

Sem mais palavra, Nasrudin arrancou-lhe a mochila e fugiu com ela estrada abaixo, correndo feito uma lebre. Como conhecia a região, foi capaz de tomar uma boa distância. A estrada fazia uma curva e Nasrudin foi cortando o caminho por vários atalhos, até que retornou à mesma estrada, muito à frente do homem que havia roubado. Colocou a mochila bem do lado da estrada e escondeu-se à espera do outro. Logo apareceu o miserável viajante, caminhando pela estrada tortuosa, mais infeliz do que nunca pela perda da mochila. Assim que viu sua propriedade bem ali, à mão, correu para pegá-la, dando gritos de alegria.

– Essa é uma maneira de se produzir felicidade – disse Nasrudin.




Quem decide por mim?

Um colunista conta uma estória em que acompanhava um amigo a uma banca de jornais.

O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro.

Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, o amigo do colunista sorriu polidamente e desejou um bom fim de semana ao jornaleiro.

Quando os dois amigos desciam pela rua, o colunista perguntou:

– Ele sempre te trata com tanta grosseria?

– Sim, infelizmente foi sempre assim…

– E você é sempre tão polido e amigável com ele?

– Sim, procuro ser.

– Por que você é tão educado, já que ele é tão inamistoso com você?

– Por que não quero que ele decida como eu devo agir.


Dia de Faxina


Estava precisando fazer uma faxina em mim… Jogar alguns pensamentos indesejados para fora, lavar alguns tesouros que andavam meio enferrujados…

Tirei do fundo das gavetas lembranças que não uso e não quero mais.

Joguei fora alguns sonhos, algumas ilusões… Papéis de presente que nunca usei, sorrisos que nunca darei; Joguei fora a raiva e o rancor das flores murchas que estavam dentro de um livro que não li. Olhei para meus sorrisos futuros e minhas alegrias pretendidas… E as coloquei num cantinho, bem arrumadas.

Fiquei sem paciência!… Tirei tudo de dentro do armário e fui jogando no chão: Paixões escondidas, desejos reprimidos, palavras horríveis que nunca queria ter dito, mágoas de um amigo, lembranças de um dia triste… Mas lá também havia outras coisas… e belas!

Um passarinho cantando na minha janela… Aquela lua cor-de-prata, o pôr do sol!… Fui me encantando e me distraindo, olhando para cada uma daquelas lembranças. Sentei no chão, para poder fazer minhas escolhas.

Joguei direto no saco de lixo os restos de um amor que me magoou. Peguei as palavras de raiva e de dor que estavam na prateleira de cima, pois quase não as uso, e também joguei fora no mesmo instante!

Outras coisas que ainda me magoam, coloquei num canto para depois ver o que farei com elas, se as esqueço lá mesmo ou se mando para o lixão.

Aí, fui naquele cantinho, naquela gaveta que a gente guarda tudo o que é mais importante: o amor, a alegria, os sorrisos, um dedinho de fé para os momentos que mais precisamos… Como foi bom relembrar tudo aquilo!

Recolhi com carinho o amor encontrado, dobrei direitinho os desejos, coloquei perfume na esperança, passei um paninho na prateleira das minhas metas, deixei-as à mostra, para não perdê-las de vista.

Coloquei nas prateleiras de baixo algumas lembranças da infância, na gaveta de cima as da minha juventude e, pendurada bem à minha frente, coloquei a minha capacidade de amar… E de recomeçar…


A coragem de enfrentar seus medos


Diz uma antiga fábula que um camundongo vivia angustiado com medo do gato.

Um mágico teve pena dele e o transformou em gato. Mas aí ele ficou com medo de cão, por isso o mágico o transformou em pantera.

Então ele começou a temer os caçadores.

A essa altura o mágico desistiu. Transformou-o em camundongo novamente e disse:

– Nada que eu faça por você vai ajudá-lo, porque você tem apenas a coragem de um camundongo. É preciso coragem para romper com o projeto que nos é imposto. Mas saiba que coragem não é a ausência do medo, é sim a capacidade de avançar, apesar do medo; caminhar para frente e enfrentar as adversidades, vencendo-os…


Os Sete Sábios

Sete sábios, cada um de uma religião, discutiam qual deles conhecia, realmente, a verdade.

Um rei muito sábio que observava a discussão aproximou-se e perguntou:

– O que vocês estão discutindo?

– Estamos tentando descobrir qual de nós é dono da verdade.

Ao escutar isso, o rei, imediatamente, pediu a um de seus servos que levasse sete cegos e um elefante até o seu castelo. Quando os cegos e o elefante chegaram ao palácio, o rei mandou chamar os sete sábios e pediu-lhes que observassem o que aconteceria a seguir.

O sábio rei pediu aos cegos que tocassem o elefante e o descrevessem, um de cada vez.

O primeiro cego tocou a tromba do elefante e disse:

– É comprido, parece uma serpente.

O segundo tocou-o no dente e disse:

– É duro, parece uma pedra.

O terceiro segurou-lhe o rabo e disse:

– É cheio de cordinhas.

O quarto pegou na orelha e disse:

– Parece um couro bem grosso.

E assim, sucessivamente, cada cego descreveu o elefante de acordo com a parte dele que estava tocando.

Quando todos terminaram de descrever o animal, o rei perguntou aos sete sábios:

– Algum desses cegos mentiu?

– Não! – responderam os sábios em coro – Todos falaram a verdade.

Então, o rei perguntou:

– Mas algum deles disse realmente o que é um elefante?

– Não, nenhum cego disse o que é um elefante, mesmo porque cada um tocou apenas uma parte dele – disse um dos sábios.

– Vocês, sábios, que estão discutindo quem é dono da verdade, parecem cegos. Todos estão falando a verdade, mas, como os sete cegos, cada um se refere apenas a uma parte dela – disse o sábio rei, concluindo:

– Ninguém é dono da verdade, porque cada um a vê de ângulo diferente…


Estória dos dois videntes


Pressentindo que seu país em breve iria mergulhar numa guerra civil, o sultão chamou um dos seus melhores videntes, e perguntou-lhe quanto tempo ainda lhe restava de vida.

– Meu adorado mestre, o senhor viverá o bastante para ver todos os seus filhos mortos.

Num acesso de fúria, o sultão mandou imediatamente enforcar aquele que proferira palavras tão aterradoras. Então, a guerra civil era realmente uma ameaça!

Desesperado, chamou um segundo vidente.

– Quanto tempo viverei? – perguntou, procurando saber se ainda seria capaz de controlar uma situação potencialmente explosiva.

– Senhor, Deus lhe concedeu uma vida tão longa, que ultrapassará a geração dos seus filhos, e chegará a geração dos seus netos.

Agradecido, o sultão mandou recompensá-lo com ouro e prata.

Ao sair do palácio, um conselheiro comentou com o vidente:

– Você disse a mesma coisa que o adivinho anterior. Entretanto, o primeiro foi executado, e você recebeu recompensas. Por que?

– Porque o segredo não está no que você diz, mas na maneira como diz. Sempre que precisar disparar a flecha da verdade, não esqueça de antes molhar sua ponta num vaso de mel.


Só a fé não basta, é preciso ação…


Num vale, bem longe da cidade, morava um homem piedoso que tentava viver em harmonia com a vontade de Deus. Um dia sobreveio uma grande tempestade. A chuva parecia que nunca mais ia parar e todo o vale foi sendo inundado. Quando as águas começaram a subir, o homem buscou refúgio no segundo andar da sua casa. Mas a chuva continuou, inclemente, e logo ele se viu obrigado a subir no telhado da casa. Foi quando apareceu uma canoa de salvamento para levá-lo a um lugar seguro. O homem, porém, mandou a canoa embora, dizendo:

– Tenho plena fé em Deus. Rezo sem cessar e acredito e confio que Ele cuidará de mim.

A contragosto, os homens da canoa partiram. A tempestade, no entanto, continuou, e logo as águas já chegavam ao seu pescoço. Um segundo bote de salvamento apareceu, mas foi dispensado da mesma maneira: “Tenho plena fé em Deus. Rezo sem cessar e acredito e confio que Ele cuidará de mim.”

A chuva não dava sinais de se abater. As águas haviam subido tanto que o homem mal podia respirar pela boca e nariz, quando apareceu um helicóptero sobrevoando a região. Lançaram lá de cima uma escada de cordas para que subisse.

– Suba – insistiram os homens do helicóptero. – Nós o levaremos a um lugar seguro.

– Não – gritou o homem, repetindo as mesmas palavras. – Tenho plena fé em Deus. Rezo sem cessar e acredito e confio que Ele cuidará de mim. – E mandou o helicóptero embora.

Mas a chuva não parou. As águas continuaram subindo e, por fim, o homem acabou morrendo afogado.

Foi para o céu. Passado algum tempo, concederam-lhe uma entrevista com Deus. Ao ser introduzido à presença do Todo-Poderoso, o homem falou da sua perplexidade.

– Senhor, eu tinha tanta fé em Vós. Eu acreditei em Vós de todo o meu coração. Orei sem cessar e procurei seguir a Vossa vontade. Simplesmente não entendo o que aconteceu.

Deus então coçou a cabeça e disse:

– Também não entendo. Eu lhe enviei dois botes de salvamento e um helicóptero…


A divindade dos homens

Houve um tempo em que todos os homens eram deuses. Mas eles abusaram tanto de sua divindade que Brahma, o mestre dos deuses, tomou a decisão de lhes retirar o poder divino. Resolveu então escondê-lo em um lugar onde seria absolutamente impossível reencontrá-lo. O grande problema era encontrar um esconderijo. Brahma convocou um conselho dos deuses menores, para juntos resolverem o problema.

– Enterremos a divindade do homem na terra, foi a primeira ideia dos deuses.

– Não, isso não basta, pois o homem vai cavar e encontrá-la.

Então os deuses retrucaram:

– Joguemos a divindade no fundo dos oceanos.

Mas Brahma não aceitou a proposta, pois achou que o homem, um dia iria explorar as profundezas dos mares e a recuperaria. Então os deuses concluíram:

– Não sabemos onde escondê-la, pois não existe na terra ou no mar lugar que o homem não possa alcançar um dia.

Brahma então se pronunciou:

– Eis o que vamos fazer com a divindade do homem: vamos escondê-la nas profundezas dele mesmo, pois será o único lugar onde ele jamais pensará em procurá-la.

Desde esse tempo, conclui a lenda, o homem deu a volta na terra, explorou escalou, mergulhou e cavou, em busca de algo que se encontra nele mesmo.


Estrelas do mar

Jack Canfield e Mark Hansen


Um homem estava caminhando ao pôr do sol em uma praia deserta mexicana. À medida que caminhava, começou a avistar outro homem a distância. Ao se aproximar do nativo, notou que ele se inclinava, apanhando algo e atirando na água. Repetidamente, continuava jogando coisas no mar.

Ao se aproximar ainda mais, nosso amigo notou que o homem estava apanhando estrelas do mar que haviam sido levadas para a praia e, uma de cada vez, as estava lançando de volta à água.

Nosso amigo ficou intrigado. Aproximou-se do homem e disse:

_ Boa tarde, amigo. Estava tentando adivinhar o que você está fazendo. _ Estou devolvendo estas estrelas do mar ao oceano. Você sabe, a maré está baixa e todas as estrelas do mar foram trazidas para a praia. Se eu não as lançar de volta ao mar, elas morrerão por falta de oxigênio.

_ Entendo, respondeu o homem, mas deve haver milhares de estrelas do mar nesta praia. Provavelmente, você não será capaz de apanhar todas elas. É que são muitas, simplesmente. Você percebe que provavelmente isso está acontecendo em centenas de praias acima e abaixo desta costa? Vê que não fará diferença alguma?

O nativo sorriu, curvou-se, apanhou uma outra estrela do mar e, ao arremessá-la de volta ao mar, replicou:

– Fez diferença para aquela.


Estamos aqui só de passagem.

Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do Cairo no Egito, com o objetivo de visitar um famoso sábio.

O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples e cheio de livros.

As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um banco.

– Onde estão seus móveis? Perguntou o turista.

E o sábio, bem depressa olhou ao seu redor e perguntou também:

– E onde estão os seus?

– Os meus?! – surpreendeu-se o turista – Mas estou aqui só de passagem!

– Eu também… – concluiu o sábio.

“A vida na Terra é somente uma passagem… No entanto, alguns vivem como se fossem ficar aqui eternamente e se esquecem de ser felizes.”

“Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual… Somos seres espirituais passando por uma experiência humana…



As sete maravilhas do mundo

Um grupo de alunos estudava as sete maravilhas do mundo. No final da aula, foi pedido aos estudantes que fizessem uma lista do que consideravam as sete maravilhas. Embora houvesse algum desacordo, começaram os votos:

1) O Taj Mahal

2) A Muralha da China

3) O Canal do Panamá

4) As pirâmides do Egito

5) O Grand Canyon

6) O Empire State Building

7) A Basília de São Pedro


Ao recolher os votos, o professor notou uma estudante muito quieta. A menina não tinha virado sua folha ainda. O professor então perguntou a ela se tinha problemas com sua lista. A menina quieta respondeu:

– Sim, um pouco. Eu não consigo fazer a lista, porque são muitos.

O professor disse:

– Bem, diga-nos o que você já tem e talvez nós possamos ajudá-la.

A menina hesitou, então leu:

– Eu penso que as sete maravilhas do mundo sejam:

1 – Ver

2 – Ouvir

3 – Tocar

4 – Provar

5 – Sentir

6 – Rir

7 – E amar …

A sala então ficou completamente em silêncio…


Aprendendo a conversar com Deus

Da tradição Sufi


Nasrudin, certa vez, estava sem um burrico que o ajudasse em seus afazeres.

Desesperado, sem ter meios de encontrar um, começou a orar, pedindo a Deus que lhe enviasse um burrico. Rezou por algum tempo e, certo dia, ao andar por uma estrada, deparou-se com um homem montado num burrico e atrás estava um outro burrico mais jovem.

Nasrudin aproximou-se do homem e este lhe disse:

– Mas que vergonha, eu estou trazendo um burrico de tão longe, estamos todos esgotados, e aqui está este homem descansado, sem fazer nada!

E ameaçando-o com uma espada, completou:

– Vamos! Coloque o burrico nas suas costas e venha comigo até a próxima cidade!’

Nasrudin, com medo não disse nada, simplesmente colocou o burrico em suas costas e seguiu o homem. Andaram por várias horas e Nasrudin estava exausto de tanto peso. Ao entardecer, chegaram na cidade mais próxima e o homem simplesmente fez Nasrudin descer o burrico das suas costas e seguiu adiante, sem sequer agradecer.

Nasrudin ergueu os seus olhos para o céu e disse:

– Está bem, Deus. Aprendi a minha lição. Na próxima vez serei mais específico…


O monge mordido


Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio,  meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem, tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião e o salvou. Voltou o monge e juntou-se aos discípulos na estrada . Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.

– Mestre, você deve estar muito doente! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda, picou a mão que o salvara! Não merecia sua compaixão!

O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu:

– Ele agiu conforme sua natureza, e eu de acordo com a minha.


A colher e o oceano
Osho

Conta-se que um dia, Aristóteles caminhava pela praia, perto do mar, quando viu um homem trazendo água do mar numa colher e jogando-a num pequeno buraco que havia cavado na areia. Aristóteles estava às voltas com seus próprios problemas. Não deu muita importância ao fato – uma vez, duas, chegou mais perto e ficou olhando para o homem, mas este estava tão absorto que Aristóteles ficou curioso: “O que está fazendo?” Era difícil de acreditar; o homem estava completamente absorto. Ia até o mar, enchia a colher, trazia água, colocava-a no buraco, voltava para o mar…

Por fim, Aristóteles disse: “Espere! Não quero perturbá-lo, mas o que você está fazendo? Está me deixando tremendamente curioso.”

O homem disse: “Vou colocar todo o oceano neste buraco.”

Aristóteles riu. Disse: “Você é um tolo! Isso não vai acontecer. Você é simplesmente louco e está perdendo sua vida! Olhe a vastidão do oceano e a pequenez do seu buraco – e com uma colherzinha você pretende trazer o oceano para este buraco? Está simplesmente louco! Vá para casa e descanse um pouco.”

O homem riu ainda mais alto que Aristóteles e disse: “Sim, irei, pois meu trabalho está feito”.

Aristóteles disse: “O que você quer dizer com isso?”

Ele respondeu: “O mesmo que você – só que sua tolice é ainda maior. Olhe para sua cabeça: ela é menor que o meu buraco. E olhe para o Divino, para a Existência: é muito mais vasta do que o oceano. E sua lógica, será que é maior que minha colher?”

E o homem se foi, às gargalhadas.


Falando sobre Amor

Paulo Coelho – Maktub

Diz o mestre:

Todos nós precisamos de amor.

O amor faz parte da natureza humana – tanto quanto comer,beber, e dormir.

Muitas vezes sentamos diante de um belo pôr-do-sol, completamente sós, e pensamos:

“Nada disto tem importância, porque não posso compartilhar toda esta beleza com alguém.”

Nestes momentos, vale a pena perguntar: quantas vezes nos pediram amor, e nós simplesmente viramos o rosto para o outro lado? Quantas vezes tivemos

medo de nos aproximar de alguém, e dizer, com todas as letras, que estávamos apaixonados?

Cuidado com a solidão. Ela vicia tanto quanto as drogas mais perigosos. Se o pôr-do-sol parece não ter mais sentido para você, seja humilde, e parta em busca de amor. Saiba que – assim como outros bens espirituais -, quanto mais estiver disposto a dar, mais você receberá em troca.


Decisões

Há uma anedota Zen sobre uma mulher, que não conseguia decidir-se por qual porta deveria sair de certo aposento. Ambas as portas levavam ao mundo exterior. Após algumas horas de indecisão, ela empilhou algumas esteiras diante de uma das saídas e caiu em um sono profundo. De manhã cedo, levantou-se e examinou o mesmo problema novamente. Uma das portas estava livre, mas a outra estava bloqueada por uma pilha de esteiras. Ela suspirou finalmente: “Agora eu não tenho escolha.”



Chávena de Chá

Um professor de filosofia foi ter com um mestre zen, Nan-In, e fez-lhe perguntas sobre Deus, o nirvana, meditação e muitas outras  coisas. O Mestre ouviu-o em silêncio e depois disse.

– Pareces cansado. Escalaste esta alta montanha, vieste de um lugar longínquo. Deixa-me primeiro servir-te uma chávena de chá.

O Mestre fez o chá. Fervilhando de perguntas, o professor esperou. Quando o Mestre serviu o chá encheu a chávena do seu visitante e continuou a enchê-la. A chávena transbordou e o chá começou a cair do pires até que o seu visitante gritou:

– Pára. Não vês que o pires está cheio?

– É exatamente assim que te encontras. A tua mente está tão cheia de perguntas que mesmo que eu responda, não tens nenhum espaço para a resposta. Sai, esvazia a chávena e depois volta…



Atravessando o Rio

Dois monges viajavam juntos por um caminho lamacento. Chovia torrencialmente, o que dificultava a caminhada.  A certa altura tinham que atravessar um rio, cuja água lhes dava pela cintura. Na margem, estava uma moça que parecia não saber o que fazer:

– Quero atravessar para o outro lado, mas tenho medo.

Então o monge mais velho carregou a moça às suas costas para a outra margem. Horas depois, o monge mais novo não se conteve e perguntou:

– Nós, monges, não devemos nos aproximar das mulheres, especialmente se forem jovens e atraentes. É perigoso. Por que fez aquilo?

– Eu deixei a moça lá. Você ainda a está carregando?


Inferioridade

Um samurai, conhecido por todos pela sua nobreza e honestidade, veio visitar um monge Zen em busca de conselhos. Entretanto, assim que entrou no templo onde o mestre rezava, sentiu-se inferior, e concluiu que, apesar de toda a sua vida ter lutado por justiça e paz, não tinha sequer chegado perto ao estado de graça do homem que tinha à sua frente.

– Por que razão me estou a sentir tão inferior a si? Já enfrentei a morte muitas vezes, defendi os mais fracos, sei que não tenho nada do que me envergonhar. Entretanto, ao vê-lo meditar, senti que a minha vida não tem a menor importância.

– Espere. Assim que eu tiver atendido todos os que me procurarem hoje, eu dou-te a resposta.

Durante o resto do dia o samurai ficou sentado no jardim do templo, a olhar para as pessoas que entraram e saíram à procura de conselhos. Viu como o monge atendia a todos com a mesma paciência e com o mesmo sorriso luminoso no seu rosto. Mas o seu estado de ânimo ficava cada vez pior, pois tinha nascido para agir, não para esperar. De noite, quando todos já tinham partido, ele insistiu:

– Agora podes-me ensinar?

O mestre pediu que entrasse, e conduziu-o até o seu quarto. A lua cheia brilhava no céu, e todo o ambiente inspirava uma profunda tranquilidade.

– Estás a ver esta lua, como ela é linda? Ela vai cruzar todo o firmamento, e amanhã o sol tornará de novo a brilhar. Só que a luz do sol é muito mais forte, e consegue mostrar os detalhes da paisagem que temos à nossa frente: árvores, montanhas, nuvens. Tenho contemplado os dois durante anos, e nunca escutei a lua a dizer: por que não tenho o mesmo brilho do sol? Será que sou inferior a ele?

– Claro que não – respondeu o samurai. – Lua e sol são coisas diferentes, e cada um tem sua própria beleza. Não podemos comparar os dois.

– Então, tu sabes a resposta. Somos duas pessoas diferentes, cada qual a lutar à sua maneira por aquilo que acredita, e a fazer o possível para tornar este mundo melhor; o resto são apenas aparências.


A Rocha

O aluno perguntou ao Mestre :

– Como faço para me tornar o maior dos guerreiros ?

– Vá atrás daquelas colina e insulte a rocha que se encontra no meio da planície.

– Mas para que, se ela não vai me responder ?

– Então golpeie-a com a tua espada.

– Mas minha espada se quebrará !

– Então agrida-a com tuas próprias mãos.

– Assim eu vou machucar minhas mãos … E também não foi isso que eu perguntei. O que eu queria saber era como que eu faço para me tornar o maior dos guerreiros.

– O maior dos guerreiros e aquele que é como a rocha, não liga para insultos nem provocações, mas está sempre pronto para desvencilhar qualquer ataque do inimigo


O inferno e o céu

Atacado na própria honra, o samurai teve um acesso de fúria e sacando da bainha a sua espada, berrou:

– Eu poderia matar-te por tua impertinência!

– Isso é o Inferno – respondeu o Mestre

Espantado por ver a verdade no que o mestre dizia, o samurai embainhou a espada e sorriu, fazendo-lhe uma reverência…

– E isso é o Céu – disse o Mestre.


Beber Chá

Temos que estar totalmente despertos para apreciar o chá como deve ser. Temos que estar no momento presente. Apenas com a consciência no presente, as nossas mãos podem sentir o agradável calor da xícara. Apenas no presente podemos apreciar o aroma, sentir a doçura e saborear a delicadeza. Se lembramos somente o passado ou ficamos preocupados com o futuro, perdemos por completo, a experiência de apreciar a xícara de chá. Olharemos para a xícara  e o chá já terá terminado.

Quando pararmos de pensar no que já aconteceu, quando pararmos de nos preocupar com o que poderá nunca vir a acontecer, então estaremos no momento presente. Só então começaremos a experimentar a alegria de viver…

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O Chapéu de Chuva à Porta

Certa vez, um Mestre mandou que chamassem determinado discípulo, que se encontrava recluso em sua cabana, nos arredores de um mosteiro Zen. Este discípulo já estava com esse Mestre há anos, treinando sob sua direcção. Como o Mestre tinha muitos discípulos, era difícil de se conseguir uma entrevista particular com ele. O discípulo achou inusitado o fato do Mestre estar chamando-o para uma conversa. Começou a ficar excitado, pensando: “o que será que o Mestre deseja de mim?”, “será que ele vai me perguntar alguma coisa sobre o Dharma, para me testar?”, “será que ele deseja me atribuir algum cargo ou tarefa?”. Com a mente repleta de pensamentos, pôs-se o monge a andar. Como estava chovendo, levou seu guarda-chuva.

Ao chegar à casa do Mestre, ele fechou o guarda-chuva, colocou-o a um canto. Pôs suas sandálias molhadas do lado do guarda-chuva. Na frente do Mestre, fez as mesuras que mandam a etiqueta monástica e sentou-se. O Mestre então foi logo perguntando:

– Quando você entrou aqui, de que lado do guarda-chuva você deixou suas sandálias?

O monge discípulo não conseguiu se lembrar com certeza. O Mestre então declarou:

– Volte para sua cabana e medite!

Desta maneira, o Mestre quis dizer que meditação e vida quotidiana são uma única realidade. Não podemos separar a nossa vida diária do ato de atenção com que devemos fazer todas as coisas…

137 comentários Adicione o seu

  1. samta disse:

    Nossa!Eu amei esse site, mesmo,eu adoro lendas e contos desde pequena!Adoro a natureza,a magia e td mais!

    1. Olá Samantha,
      Seja bem-vinda ao Sabedoria Universal. Agradecemos muito pelo seu comentário e pela sua visita. É muito gostoso termos essa resposta, pois fazemos o site para vocês, com todo o carinho e amor.
      Sinta-se à vontade para comentar, participar, dar sugestões de temas para os posts e textos que colocamos aqui.
      Muito grato e uma ótima semana a ti,
      Namastê,

    2. Milene Leite disse:

      Sou professora, gosto de ler (lendas e contos) para os alunos antes de iniciar qualquer atividade, meu objetivo é que consiga atingir os valores morais de cada um, seu blog me ajuda muito.

  2. Sandra Rocha disse:

    Por vezes um simples conto pode induzir a usufruir a vida de uma forma mais plena. Obrigada

    1. Olá Sandra!
      Que ótimo que você pode encontrar um pouco de luz nesses contos e lendas.
      Desejamos, do fundo do coração, que você siga cada vez mais forte nesse caminho de amor, se encontrando a cada momento.
      Muito grato pela visita,
      Namastê

  3. Maria disse:

    Estava um pouco agitada qd iniciei a leitura deste site.Porem qd terminei esta “viagem” na sabedoria, estava tranquila e muito confortada.
    Obrigada

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Que bom Maria!!! Ficamos muito felizes em poder ajuda-lá, de alguma forma, a reencontrar a sua luz!!
      Visite-nos sempre que quiser! Somos muito gratos!!
      Aloha

  4. JOSE disse:

    Apreciei mto todo conteudo, mto belo. Por acaso existe algo de pai para filha???
    abraços
    jose

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Olá José,
      Muito grata pelo seu comentário.
      Assim que for possível, postaremos contos com foco na relação pai-filho, ok?
      Visite-nos sempre que quiser!
      Aloha

  5. Rafael disse:

    Olá, ha meses entro em sintonia com as energias positivas que este site nos proporciona. Foi uma dádiva de Deus pra mim, pois no momento achava que o Criador havia virado as costas pra seu filho. De um maneira surpreendente e mágica o amor, paz, felicidade encontram meu ser novamente. Por isso, até hoje ainda não havia comentado nada… Estou passando para agradecer vocês por cederem esta energia tão maravilhosa que nos proporciona um encontro maior com o nosso “EU”.
    Muita luz, paz e amor a todos que ocupam parte de seu tempo a colocar um pouco de esperança nos nossos corações…
    Muita luz e paz Pra vocês do Site!

    1. Cíntia Michepud disse:

      Olá Rafael!
      Ler um depoimento como o seu é o melhor presente que poderíamos ganhar!!! Nossas almas ficam felizes quando comprovamos que nossas palavras estão fazendo a diferença na vida de alguém, ou seja, quando as sementes que jogamos conseguem germinar no coração de uma pessoa que seja…
      Você só sentirá como se o Criador tivesse ‘virado as costas’ pra você se, em algum momento, você ‘virou as costas’ para si mesmo… Nunca se esqueça de alimentar o amor-próprio e de dar vazão a belíssima luz que habita você!!!
      Nós agradecemos seu comentário e a bonita energia que você nos enviou.

      Muita luz e que o encontro com o seu ‘EU’ seja cada mais forte e constante!

  6. Diego disse:

    É impressionante a influência que artistas pop podem ter sobre o estilo de vida do público, sobretudo o público jovem. Isto se refere à maneira de falar, à maneira de vestir, ao uso de variadas substâncias (drogas, inclusive) e acaba levando a situações que podem prejudicar a saúde…

    1. ALDINEI disse:

      MEUS PARABENS ESSAS LENDAS SAO UM POÇO DE SABEDORIA QUE NOS ALIVIA O CORAÇAO QUE DEUS OS GUARDE…GALEGO…

      1. Claudia Michepud Rizzo disse:

        Oi Galego,

        Esses contos e lendas nos fazem parar para refletir, não é mesmo?
        Agradecemos muito a sua visita e comentário!
        Muita luz, sempre!
        Aloha

  7. Laerte Favero disse:

    O SITE DE VOCES E O STUM SÃO OS MELHORES QUE CONHEÇO. PARABÉNS!!!!!

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Agradecemos muito o seu elogio, Laerte!
      Procuramos, verdadeiramente, fazer este trabalho com muito amor!
      Muita luz, sempre!
      Aloha

  8. Helen Karen disse:

    Nossa é uma verdadeira Paz ler todos os assuntos do seu Blog!!! Estão de Parabéns por todo o conteúdo.

    Helen

    1. Olá Helen!
      Que bom que vocês gostou das lendas e do conteúdo do blog.
      Ele realmente nos proporciona uma grande reflexão, não é?
      Ótimo final de semana,
      Namastê

  9. Parabéns pelo ótimo site, irei recomendar este site em meu blog. Se vocês desejarem me enviem seu banner para que eu os divulgue de forma melhar.

    1. Olá Lucas,
      Que bom que você gostou do conteúdo de nosso blog!
      E agradecemos a disposição de nos ajudar a divulgar o blog e o conteúdo que nele está postado. Em breve te encaminharemos o banner.
      Uma ótima semana,
      Namastê!

  10. Keyti disse:

    Eu coleciono histórinhas assim.. amo a mensagem que passam e haviam várias q eu ainda não conhecia!! Muito obrigada.. aprendi um pouco mais!! ^^

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Olá Keyti,
      Realmente, essas estórias são repletas de significados e nos fazem refletir…
      Agradecemos o seu comentário e visite-nos sempre que quiser!
      Lindo dia para vc!
      Aloha

  11. Delania disse:

    Muito lindo!!! E bacana
    que conseguimos sempre
    nos aperfeiçoar um pouco
    mais a cada conto!
    Parabens!….

    1. Cíntia Michepud disse:

      Que bom que gostou, Delania.
      E a ideia é essa mesmo: que possamos nos aperfeiçoar a cada leitura, a cada dia.

      Grata pelo comentário!

  12. Tbem adorei , gosto muito de contos motivacionais
    Estou a procura de um conto que recebi ha muito tempo que se refere a um funcionario mais velho de casa que foi reclamar com o patrao por ele nao ter sido promovido no lugar de outro mais novo.
    Será que vc conhece ???
    O assunto refere-se a compras de frutas para festa de confraternização de funcionarios.
    Será quepode me ajudar ??

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Olá Claudiney,
      Realmente os contos e lendas nos trazem muitas oportunidades para reflexão!
      Infelizmente, não conheço o conto que vc comentou. Se, eventualmente, eu encontrá-lo, te envio, ok?
      Aloha
      Muita luz, sempre!

    2. Christina disse:

      O abacaxi

      João trabalhava em uma empresa há muitos anos. Funcionário sério, dedicado, cumpridor de suas obrigações e, por isso mesmo, já com seus 20 anos de casa.

      Um belo dia, ele procura o dono da empresa para fazer uma reclamação:

      — Patrão, tenho trabalhado durante estes 20 anos em sua empresa com toda a dedicação, só que me sinto um tanto injustiçado.

      O Juca,que está conosco há somente três anos, está ganhando mais do que eu.

      O patrão escutou atentamente e disse:

      — João, foi muito bom você vir aqui.

      Antes de tocarmos nesse assunto, tenho um problema para resolver e gostaria da sua ajuda.

      Estou querendo dar frutas como sobremesa ao nosso pessoal após o almoço.

      Aqui na esquina tem uma quitanda. Por favor, vá até lá e verifique se eles têm abacaxi.

      João, meio sem jeito, saiu da sala e foi cumprir a missão.

      Em cinco minutos estava de volta.

      — E aí, João?

      — Verifiquei como o senhor mandou. O moço tem abacaxi.

      — E quanto custa?

      — Isso eu não perguntei, não.

      — Eles têm quantidade suficiente para atender a todos os funcionários?

      — Também não perguntei isso, não.

      — Há alguma outra fruta que possa substituir o abacaxi?

      — Não sei, não…

      — Muito bem, João. Sente-se ali naquela cadeira e me aguarde um pouco.

      O patrão pegou o telefone e mandou chamar o Juca. Deu a ele a mesma orientação que dera a João:

      — Juca, estou querendo dar frutas como sobremesa ao nosso pessoal após o almoço. Aqui na esquina tem uma quitanda.

      Vá até lá e verifique se eles têm abacaxi, por favor.

      Em oito minutos o Juca voltou.

      — E então? – indagou o patrão.

      — Eles têm abacaxi, sim, e em quantidade suficiente para todo o nosso pessoal; e se o senhor preferir, tem também laranja, banana e mamão. O abacaxi é vendido a R$1,50 cada; a banana e o mamão a R$1,00 o quilo; o melão R$ 1,20 a unidade e a laranja a R$ 20,00 o cento, já descascado. Mas como eu disse que a compra seria em grande quantidade, eles darão um desconto de 15%. Aí aproveitei e já deixei reservado. Conforme o senhor decidir, volto lá e confirmo – explicou Juca.

      Agradecendo as informações,o patrão dispensou-o.

      Voltou-se para o João, que permanecia sentado ao lado, e perguntou-lhe:

      — João, o que foi mesmo que você estava me dizendo?

      — Nada sério, não, patrão. Esqueça. Com licença.

      E o João deixou a sala…

      Tem muita gente assim. Acomodada, que não faz absolutamente nada além do que foi estritamente pedido ou solicitado. São pessoas que acham “que já fazem demais” e sentem-se os eternos injustiçados. Num mercado competitivo como o do mundo atual, quem for melhor, quem se esforçar mais, quem se interessar realmente pelo que faz, é óbvio, que vai galgar postos no ambiente de trabalho. Não se restrinja, não se limite, amplie seus horizontes. Só assim você vai se destacar e ter sucesso na sua vida profissional.

      http://www.contandohistorias.com.br/historias/2004179.php

      1. Claudia Michepud Rizzo disse:

        Lindo o conto!
        Agradecemos sua visita!
        Aloha
        Muita luz, sempre!

      2. Eliane disse:

        Adorei o conto com certeza quem produzir mais ganha mais

      3. Cíntia Michepud disse:

        Obrigada, Eliane. Volte sempre!

  13. Samuel De Jesus Santos disse:

    Este site é maravilhoso. torço para que um dia palavras magicas como as que encontrei aqui contagie o coração de cada ser humano e colocando assim a humanidade no eixo certo da existência tal como Deus os criou….!!
    Samuel De Jesus Santos

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Agradecemos muito suas palavras carinhosas, Samuel!
      Estamos na mesma torcida que vc: ajudar as pessoas a redescobrirem o seu melhor!
      Aloha
      Fique na luz, sempre!

  14. Amei este site, porque aproveito as parabolas para minhas atividades educacionais.

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Ola Maria de Fatima!
      Agradecemos muito a sua visita e comentário!
      Realmente, essas estórias nos trazem grandes oportunidades para reflexão…
      Aloha

  15. A carroça

    Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me para dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer.

    Após algum tempo, ele se deteve numa clareira e, depois de um pequeno silêncio, me perguntou:

    – Além do canto dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?

    Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:

    – Estou ouvindo um barulho de carroça.

    – Isso mesmo – disse meu pai – e é uma carroça vazia!

    Perguntei a ele:

    – Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?

    – Ora – respondeu meu pai – é muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz.

    Tornei-me adulto e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com grosseria inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo e querendo demonstrar ser o dono da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:

    – Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz!

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  16. Impossível Atravessar a Vida

    Impossível atravessar a vida …
    sem que um trabalho saia mal feito,
    sem que uma amizade cause decepção,
    sem padecer com alguma doença,
    sem que um amor nos abandone,
    sem que ninguém da família morra,
    sem que a gente se engane em um negócio.

    Esse é o custo de viver.
    O importante não é o que acontece, mas, como você reage.

    Você cresce quando não perde a esperança, nem diminui a vontade, nem perde a fé.
    Quando aceita a realidade e tem orgulho de vivê-la.
    Quando aceita seu destino, mas tem garra para mudá-lo.
    Quando aceita o que deixa para trás, construindo o que tem pela frente e planejando o que está por vir.

    Cresce quando supera, se valoriza e sabe dar frutos.
    Cresce quando abre caminho, assimila experiências…
    e semeia raízes….

    Cresce quando se impõe metas, sem se importar com comentários.

    Cresce quando é forte de caráter, sustentado por sua formação,
    sensível por temperamento…
    E humano por nascimento…

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    1. Cíntia Michepud disse:

      Heloisa,

      Muito grata por compartilhar conosco essas duas mensagens tão bonitas e verdadeiras!!! Fique à vontade para comentar e trazer novas histórias sempre que quiser.
      Muita luz.
      Bjs,
      Cíntia

  17. Rosane Vera Maia pereira disse:

    textos maravilhosos para minhas palestras e cursos.
    Muito obrigada.
    Rosane Vera

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Olá Rosane!
      Realmente essas histórias nos ajudam a ilustrar muitas situações.
      Agradecemos sua visita e comentário.
      Volte sempre que quiser!
      Muita luz, sempre!
      Aloha

  18. Rosa Maria Moraes disse:

    Pena que só hj,depois de aposentada do cargo de professora eu tenha descoberto esses textos que além de lindos,são sábios.Agora vou aproveitá-los no meu grupo de estudo e reflexão.Obrigada e desejo a vcs muita paz e muita saúde para continuar esse lindo trabalho.bjs,Rosa

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Bem vinda Rosa!
      Temos certeza de que você continua espalhando sua sabedoria para as pessoas com as quais convive.
      Muita luz para o seu grupo de estudo e reflexão!
      Agradecemos o carinho! Pode ter certeza de que recebemos essas vibrações amorosas!
      Aloha

  19. Cecília Moreno disse:

    Parabéns pelo site. Adorei ler todo ele, o que me levou a grandes reflexões. Não esquecerei de vocês. Abraço fraterno. Cecília

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Olá Cecília!
      Que bom que vc gostou do SU! Ficamos muito felizes em saber que as leituras te deram a oportunidade de refletir!
      Agradecemos o carinho de suas palavras!
      Muita luz, sempre!
      Aloha

  20. gostei muito de todas as historias ,muito obrigado. um abraço , lucio paulo marinho .

    1. Que ótimo que gostou, Lucio Paulo!
      Uma ótima semana para ti!
      Namastê

  21. wanderson disse:

    gostei de mais desta lenda

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Que bom que você gostou, Wanderson!
      Realmente, essas estórias nos ajudam a refletir!
      Muita luz, sempre!
      Aloha

  22. Miguel disse:

    Obrigado!! Nada substitui um abraço ou a companhia de verdadeiros amigos, mas nos momentos soltários são as palavras aqui escritas que me fazem companhia e de certa forma trazem alegria ao meu dia! Felicitações para os que proporcionam a existência deste espaço.

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Que bom que, de alguma maneira, conseguimos alegrar o seu dia!! É isso que nos motiva a continuar!
      Agradecemos o carinho de suas palavras! Vc também alegrou o nosso dia!!
      Muita luz, sempre!
      Aloha

  23. hugo lima disse:

    gosto do que leio neste vosso canto tanto as lendas a e contos, como as mensagens e frases…
    aqui vai uma:
    “a essência do Ser Humano é ser Deus em Acção”
    hugo lima

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Que bom que vc gosta desse nosso cantinho,Hugo!
      A sua frase é perfeita!
      Linda semana
      Aloha

  24. Jaci disse:

    Para mim que sou fã de poesias, encontrei um tesouro aqui.

    “O melhor propósito que podemos fazer, é de viver bem, senão intensamente, mas com simplicidade, fazer cada coisa a seu tempo.
    Viver o dia de hoje, porque o futuro a Deus pertence….
    Então, sejamos gentis, educados, vamos dar mais bom dias….desejar mais felicidades
    abrir mais as portas, ouvir mais e falar menos, sejamos mais pacientes….

    JTMendes/Ibaiti,PR/04.06.2012

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Jaci,

      Esse tesouro é nosso, para ser compartilhado com todos!!
      Muita luz, sempre!
      Aloha

  25. Gleide disse:

    Adorei o site.
    Ab. \o/

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Que bom Gleide!! São comentários como esse que nos motivam a continuar o nosso trabalho!
      Muita luz, sempre!
      Aloha

  26. Rafael disse:

    Gostei muito muito deste site essas historias(lenda…) fazem a gente refletir sobre nossas vidas cortidianas.

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Olá Rafael!
      Que bom que vc gostou do SU!!Com certeza, as reflexões nos ajudam a redirecionar nossas vidas para caminhos mais suaves…
      Muita luz, sempre!
      Aloha

  27. Fabiula disse:

    Sensacional este site!!! Parabéns pela ideia… foi de muita utilidade encontrá-lo!!

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Que bom que vc gostou Fabiula!
      Visite-nos sempre que quiser!
      Muita luz, sempre!
      Aloha

  28. ENSINA NOS A LIDAR COM SituAÇÕES INESPERADAS

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Verdade Raiane! Essas estórias nos ajudam a refletir!
      Muita luz, sempre!
      Aloha

  29. CLAUDIA disse:

    AMEI ESTE SITE… ME FEZ ALIVIAR MEU CORAÇÃO… OBRIGADA

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Que bom Claudia! Você é muito bem vinda!!
      Muita luz, sempre!
      Aloha

  30. brunolimonti disse:

    Que essa missão de trazer esclarecimentos as pessoas, possa através da ação de retorno, fazer com que caiam mais as vendas que limitam a nossa sabedoria em relação ao todo, e vocês possam intuir cada vez mais luz, transmitindo isso aos seus leitores.

    1. Cíntia Michepud disse:

      Bruno,
      Muito grata pela visita e pelas palavras!
      Amém! Que nossas vidas possa estar, a cada dia, mais repleta de sabedoria.
      Bjs,
      Cíntia

  31. LAIANE disse:

    ESSE TEXTO É INCRIVELLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Valeu Laiane! Que bom que vc gostou!
      Muita luz, sempre!
      Aloha

  32. regina disse:

    NOSSA GOSTEI MUITO ….. GOSTARIA DE RECEBER SEMPRE ,,, NO MEU CORREIO … gina4baby@hotmail.com

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Olá Regina!
      Que bom que vc gostou!
      Para vc receber nossas mensagens, basta se cadastrar, ok?
      Muita luz, sempre!
      Aloha

      1. essas causas e coisas teriam que ir para as salas de aula do ensino fudamental ( pedagogia do ensino básico) para todas as classes sociais

      2. Claudia Michepud Rizzo disse:

        Ola Edmildo,

        Seria fantástico se todas as crianças e adolescentes pudessem refletir sobre esses contos tão profundos…
        Agradeço o seu comentário!
        Muita luz, sempre!
        Aloha

  33. Marcia Taques disse:

    Reverências..

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      _/\_

  34. Francisco disse:

    Sao lindos os contos e as lendas. Parabens aos autores e aos criadores do site.

    1. Cíntia Michepud disse:

      Francisco,
      Que bom que gostou! Agradeço o comentário e a visita!
      Cíntia

  35. Jose disse:

    Ola Claudia!
    Tens mensagens para um amor que perdeu o caminho da felicidade a dois? Para uma pessoa que se perdeu e não encontra o caminho de volta para casa?

    1. Olá José,
      No momento, não temos nenhum texto específico para isso. Mas busque sempre focar em si mesmo e encontrar sua luz interior! Todos nascemos para sermos felizes, tenha sempre a certeza disso!
      Namastê!

      1. Jose disse:

        Os textos de vcs ajudam muito a retratar nosso cotidiano e a nos fazer enxergar as soluçoes de nossos problemas mais facil, no entanto colocar em pratica é uma dificuldade muito grande. Grande Abraço a vcs!!

      2. Claudia Michepud Rizzo disse:

        Olá José,
        Agradecemos o seu comentário e carinho das suas palavras.
        Com certeza, se aprendermos a ouvir a voz do nosso coração, a vida fica mais suave… E os problemas amenizam…
        Muita luz e paz!!
        Aloha

  36. jennya franklin disse:

    Wau amei!os contos!por acaso sou uma pessoa que aprende muito com histórias!e tudo que aprendo tento passar para os outros!quando vi que terminaram os contos fiquei muito triste!por mim não acabariam !obrigada por vocês disponizarem um pouco do vosso tempo escrevendo isso pra nós!agradecer também pela vossa atenção!espero que continuem escrevendo!e que isso que vocês escrevem seja aplicada na vossa vida também!

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Olá Jennya,
      Que bom que você gostou e os textos estão te auxiliando de alguma forma!
      Somos nós quem agradecemos o carinho das suas palavras!
      Lindo 2013 para vc!
      Muita luz, sempre!

      1. jennya franklin disse:

        Obrigada !desejo a vc também um lindo e maravilhoso 2013!beijo

  37. adelino disse:

    Estes textos contam o nosso cotidiano,o dia a dia, como podemos valorizar as nossas diferenças.

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Verdade Adelino, eles nos auxiliam a refletir sobre as diferentes formas de agir das pessoas e seus aprendizados.
      Muita luz, sempre!
      Aloha

  38. Adriano josé Santa Ana Mira disse:

    Nesta vida todos somos aprendizes,e na escola da vida eu estudo todas lições,porque a vida ensina, quer tu queiras ou não. E hoje aprendi a aprender. Não tenho nada a perder,mas sim tudo aprender.

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Olá Adriano,

      Realmente seremos eternos aprendizes! Mas o importante é que absorvamos as lições e não os sofrimentos, não é mesmo?
      Aloha
      Muita luz, sempre!

  39. estava aborrecida com a vida e a me sentir uma inutil mas quando começei a ler uma paz me invadiu e me fez ver que afinal não importa o que os outros pensam de mim e o quanto me pisam e pisam muito eu terei sempre valor

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Virginia,

      Com certeza vc é um ser divino!!! E o mais importante é vc saber e se apropriar disso, independentemente da opinião alheia.
      Muita luz, sempre!
      Aloha

  40. daniela disse:

    adorei as historias, são realmente grandes liçoes de vida !!!!

    1. Olá, Daniela!
      Cada uma dessas histórias proporciona grandes reflexões, não é mesmo?
      Somos gratos pela visita,
      Namastê

  41. Arilene disse:

    Importantes ensinamentos em forma de contos e histórias.
    Encantei com todas as mensagens que lí, vou indicar aos meus amigos. Parabéns ! Grata!

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Arilene,

      Somos nós quem agradecemos suas palavras tão gentis!
      Esses contos e lendas realmente nos ajudam a refletir, não é mesmo?
      Muita luz, sempre!
      Aloha

    2. Cíntia Michepud disse:

      Arilene!

      Ficamos felizes que tenha gostado. Obrigada por compartilhar.

      Bjs,
      Cíntia

  42. Polyanna disse:

    Adorei as lições contidas nesse site! Precisava trabalhar algumas questões existências em terapia e obtive bastante ajuda nas leituras!

    1. Ola Polyanna!
      Que bom que o site lhe proporcionou reflexões!
      Somos muito gratos por sua visita!
      Namastê!

  43. Muito legal esses contos,aprendo muito e recomendo
    Para outras pessoas

    1. Cíntia Michepud disse:

      Que bom, Daniel! Muito grata pelas recomendações e pelo comentário! :]

  44. vall disse:

    muito bom, adorei as reflexões e os pensamentos.
    parabéns continue enriquecendo este site.
    grata

    1. Cíntia Michepud disse:

      De Vall,
      Agradecemos a visita! Continue nos visitando e fique À vontade para comentar.

  45. Adorei este site, estava procurando o conto de um viajante que ao hospedar-se em uma pousada , estacionou sua cruz da vida no local de estacionar .Depois perguntou se podia pegar uma das outras cruzes pois a sua estava difícil demais.O estaleiro disse que não teria nenhum problema, poderia procurar e o viajante passou a noite procurando uma cruz mais leve.
    De manha saiu levando a própria cruz, as outras estavam pior que a sua.

    1. Olá Luiz, tudo bom?
      Que bom que você gostou do site.
      Deixo em seu comentário uma pergunta… Temos mesmo de carregar uma cruz em nossas vidas? Ou podemos viver leves, “carregando” um sorriso no rosto e a certeza do ser de luz que somos? Fica a reflexão…
      Muito grato!
      Ótima semana,
      Namastê

  46. ANTONIO NATÁLIO VIGNALE disse:

    ESTE SITE É FORMIDÁÁÁÁÁÁVEL!

    1. Olá Antonio,
      Muito grato por seu carinho e palavras.
      Que você possa despertar e fazer sua luz brilhar cada vez mais.
      Muito grato,
      Namastê!

  47. Flaviano disse:

    Aprendi muito obrigado.

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Com certeza, todos nós aprendemos com as mensagens contidas nas lendas e contos, Flaviano!
      Seja sempre bem vindo!
      Muita luz, sempre!
      Aloha

  48. Dirce disse:

    Gostaria muito de ter aqui aquela lenda de uma pessoa q chega na cidade e pergunta como é o povo daquela cidade ai a pessoa pergunta para ela como era a dela, eu sei a estoria, mas queria ela completa

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Dirce,
      Postamos o conto na página Lendas e Contos, ok?
      Muita luz, sempre!
      Aloha

  49. Maria aparecida do Nascimento. disse:

    Gostaria de encontrar uma histórinha que conta sobre um pai de família,que ao reclamar da vida é aconselhado por um monge a levar uma cabra para casa por uma semana…alguém pode me ajudar? Obrigada.

    1. Claudia Michepud Rizzo disse:

      Olá Maria Aparecida,
      Gostaríamos muito de poder atendê-la mas, infelizmente, não conhecemos esse conto. Se eventualmente, você encontrá-lo, por favor, compartilhe conosco.
      Muita luz, sempre!

  50. cleuza disse:

    como é bom poder ler coisas tão bonitas! traz alimento e fotaleza para enfrentar as dificuldades do dia a dia……

    1. Cíntia Michepud disse:

      Obrigada, Cleuza! Ficamos felizes com o comentário e com a visita! Bjs,
      Cíntia

  51. Maria Silva disse:

    Obrigada. Adorei. Contos dos que eu gosto, que me fizeram refletir muito, aprender e até envergonhar-me de alguns comportamentos. Continuem que são de muita ajuda

  52. bessy disse:

    Wou.. Adorei.. Amo esses contos, essas lendas.. Ensinam muito.. Obrigada 🙂

  53. vladimir disse:

    Simplesmente o melhor…. adorei este site. Muito completo. Todas as histórias são boas . estão de parabéns. ..

  54. Graça Santos disse:

    Amei……!!
    Sem palavras…..

  55. alice disse:

    estou comovoluntaria em um recanto… e vou usar essas lendas e contos para poder refletir com os jovens..eles nao gostam de ler entao penseii em contos pequenos para que eles leiam i retirem o que entenderam em um grupo … vou fazer 2. feira depois digo como foi… obrigada

    1. Cíntia Michepud disse:

      Alice,
      Nos diga, sim, como foi.
      Obrigada pelo carinho!

    2. Cíntia Michepud disse:

      Alice,
      Nos diga, sim, como foi.
      Obrigada pelo carinho!

  56. Eliane disse:

    Foi um grande achado aprendi muita coisa e vou passar para outras pessoa estão de parabéns obrigada

  57. João Rodrigues disse:

    João Rodrigues – gostei muito de todas as publicações pois elas são de grande valor e vou continuar a visitar esta página.

    1. Cíñtia Rizzö disse:

      Seja sempre bem-vindo, João! Temos muitas novidades em 2018!

  58. João Rodrigues disse:

    Obrigado aos criadores deste Blog pois ele é um manancial de sabedoria que todos nós devemos memorizar e transmitir às gerações vindouras para que as mesmas continuem nesta cruzada de ensinamentos que o todos engrandece.

  59. Emanuel disse:

    Gostaria de reencontrar uma história que fala sobre o bem mais precioso de um reino: não era o ouro, nem os exércitos nem… era a confiança.
    consegue me ajudar a encontra?

  60. Thami disse:

    NOSSAAA ,realmente são todos fantásticos li cada um,durante o meu horário vago aqui onde faço estágio.São lindos e muitos me chamaram a atenção ,vou mandar e ler para muitas pessoas,pois realmente da muitos ensinamentos e lições sobre a vida cotidiana .Amei o site e amo ler contos e lendas ,gosto muito da leitura..Enfim voçês estão de Parabéns.

    1. Cíñtia Rizzö disse:

      Gratidão Thami e Volte sempre!
      O blog foi ‘reinaugurado’ há uma semana. Seja bem-vinda de volta!

  61. juli disse:

    muitos legais essas historias ensinam muito

    1. Cíñtia Rizzö disse:

      Gratidão Juli e Volte sempre!
      O blog foi ‘reinaugurado’ há uma semana. Seja bem-vinda de volta!

  62. Antonio Calado disse:

    Gostei muito do blog e gostaria de saber se vocês teem conhecimento de uma lenda que julgo ser hindú (ou árabe) em que o mestre dá ao seu discípulo uma pedra preciosa dizendo-lhe que deve ir com ela até à cidade, para avaliá-la, mas que em nenhuma hipótese deve vendê-la e sim trazê-la de volta ao seu legítimo dono. Não consigo lembrar da lenda toda e pensei que talvez vocês possam me ajudar. De todo o modo, desde já vos fico muito grato pela atenção que me puderem dispensar. Namastê. Antonio Calado

    1. Cíñtia Rizzö disse:

      Antonio,
      Nao conhecemos mas vamos buscar.
      Gratidão e Volte sempre!
      O blog foi ‘reinaugurado’ há uma semana. Seja bem-vindo de volta!

  63. Sonia disse:

    Muito obrigada por compartilhar essas preciosidades.
    Namastê!

    1. Cíñtia Rizzö disse:

      Gratidão, Sonia!
      Volte sempre!
      Ele foi ‘reinaugurado’ há uma semana. Seja bem-vindo!

  64. Antonio Carlos Cecon disse:

    Encontrei aqui tudo o que eu estava procurando, quero parabenizá-los pelo maravilhoso material.

    1. Cíñtia Rizzö disse:

      Antônio,
      Que gostoso ler esse comentário!
      Volte sempre!
      Namastê,
      Cíntia

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